domingo, 17 de fevereiro de 2013

CODIFICAÇÃO ESPÍRITA: O QUE CADA LIVRO REPRESENTA?



O LIVRO DOS ESPÍRITOS resume toda a Doutrina, enquanto os demais se dedicam a assuntos especializados, oriundos da necessidade de desdobramento de cada uma das partes de O Livro dos Espíritos.

O LIVRO DOS MÉDIUNS tem sua fonte na segunda parte de O Livro dos Espíritos. Trata da parte experimental da doutrina. Trata do gênero de todas as manifestações, da educação da mediunidade e das dificuldades e tropeços que ocorrem na prática do Espiritismo.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO é decorrência da terceira parte de O Livro dos Espíritos. Seu conteúdo sintetiza as explicações das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida.

O CÉU E O INFERNO contém o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal para a vida espiritual, as penas e recompensas futuras, os anjos e os demônios, as penas eternas etc., seguido de numerosos exemplos sobre a situação real da alma, durante e após a morte. Decorre da quarta parte de O Livro dos Espíritos, e coloca ao nosso alcance o mecanismo da Justiça Divina, em consonância com o princípio evangélico: "A cada um segundo as suas obras".

A GÊNESE, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo trata dos problemas genésicos e da evolução física da Terra. Abrange as questões da formação e desenvolvimento do globo terreno e as referentes a passagens evangélicas e bíblicas. Explica, à luz da razão, os milagres do Evangelho.

Além dos cinco livros acima, Kardec escreveu também: O que é o Espiritismo (1859); O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples (1862); Viagem Espírita (1862); Obras Póstumas (1.ª edição — 1890); Revista Espírita, periódico mensal (1.ª edição — 1.º de janeiro de 1858)

Grupo de Estudos Amigos de Chico Xavier

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

HISTÓRIA DE UM ESPÍRITO - DIVALDO FRANCO







Há muitos anos, um Espírito apareceu a Divaldo (médium espírita, dirigente da instituição Mansão do Caminho da Bahia), e contou-lhe sua triste história:

“Eu era uma mulher bela, casada, também, com um homem muito atraente. Éramos felizes . . . até que um dia a beleza física dele nos desgraçou. Simpático, jovial e atraente, arranjou outra mulher mais bela e mais jovem do que eu. Uniu-se a ela, e disse-me:

- A partir de hoje irei transferir-me de casa. Por você estar velha e desgastada, procurei outra mulher mais jovem para me estimular e dar colorido à minha vida.

Dizendo isso, arrumou suas malas e saiu. Enquanto ele saía, dei um tiro em minha cabeça, para que ele ouvisse e tivesse remorso para o resto da vida. Suicidei-me . . . Não posso lhe dizer quanto tempo se passou . . . Senti o tormento que me veio depois do suicídio, a crueldade do ato impensado, o desespero que me proporcionou. Tudo quanto posso lhe dizer é que agora eu me libertei, momentaneamente do tiro, da bala que partira minha cabeça. E meu primeiro pensamento foi ver o homem por quem eu destruí minha vida. Quis visitá-lo, e uma força estranha como um magneto atraiu-me à uma casa majestosa, a uma mulher de meia idade e a um homem que estava atormentado e deitado em uma cama especial.

Era meu antigo marido, portador agora de uma doença degenerativa. Estava desmemoriado, deformado, hebetado, teve também, derrame cerebral, estava sem cabelos, sem dentes, trêmulo sobre a cama . . . Uma verdadeira pasta de carne! Então eu olhei, e pensei: - Meu Deus! Foi por isso que eu me matei!? Como fui tão apegada à matéria, que murcha e se decompõe mesmo em vida. Hoje estou sofrendo moralmente! Como pude dar tanto valor à matéria! . . . Não confiei em Deus, e cheguei ao extremo de tirar minha vida por um homem que não a merecia, enceguecida por sua beleza física. Apeguei-me muito, a ponto de anular minha personalidade. Não podia viver sem ele. Tem piedade de mim e de todos aqueles que estão presos às pastas de carnes que irão se decompor e morrer em breve tempo, mais breve do que esperamos.”

E o Espírito, saiu depressa, sem dar tempo de Divaldo falar com ela.

Dessa história, podemos tirar 3 lições:

1ª - Sobre o suicídio. A recomendação Espírita é: “Não se mate você não morre.”

2ª - Procurar parceiros (as) visando beleza física e não espiritual, é outro engano. O amor verdadeiro não é cego, mas a paixão sim. Na questão 969, os Espíritos disseram para Allan Kardec que: “Muitos são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver em comum, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material! Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. Cumpre não se esqueça de que é o espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o espírito vê a qualidade.”

3ª - Ninguém é de ninguém. Ninguém é posse de ninguém. Quando amamos verdadeiramente a outra pessoa, nós queremos vê-la bem, feliz, seja lá com quem for. Divaldo com muita propriedade nos exorta:

- É necessário libertar-nos dos apegos, das coisas escravocratas e seguirmos a direção do alvo, porque somos a flecha que o grande Arqueiro disparou.
Aprende pois a olhar, não com nossos olhos ,mas sim com o coração, amar verdadeiramente a alma e não o corpo, pois o corpo acaba e a alma se eterniza o Espírito é realmente a verdadeira luz , e nós como seres humanos deveríamos ver ,não com os olhos mas com o coração,pois este, nunca nos engana!!!!
"Você não tem o direito de passar por uma pessoa sem deixá-la melhor e mais feliz".

(Madre Tereza de Calcutá)
"Aprendi com a primavera a me deixar cortar. E a voltar sempre inteira."

FONTE: PENSAMENTOS DE ANDRÉ LUIZ






quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

OBSESSÃO









PERGUNTA: Por que algum espírito se põe a obsidiar uma pessoa reencarnada?

RESPOSTA: As obsessões quase sempre acontecem por questões de vingança, e podemos mesmo dizer que os obsessores são nossos cobradores. Eles estão nos cobrando algu
m mal que lhes fizemos, geralmente, em vidas passadas.

Também existem casos de obsessão por espíritos que foram abortados. Vendo frustrados os seus ideais de retornarem à Terra, através da reencarnação, procuram vingar-se das mulheres que lhes deram acolhida, mas em seguida os expulsaram de seus ventres.

Inúmeros processos obsessivos também têm início em condutas viciosas, ou que estejam em conflito com valores morais, porque nestes casos os semelhantes se atraem.

Há ainda os casos de obsessão encomendados em “núcleos que se intitulam religiosos” que trabalham para o mal.
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É bom lembrar...

Que esse núcleos religiosos que trabalham para o malefício de alguém não está se referindo às casas de Umbanda que estão destinadas ao bem e à luz. Estamos nos referindo àquelas casas que são de baixo nível vibratório e que se submetem a faz o mal a alguém.

É claro que existem pessoas más em qualquer lugar, seja na Igreja, no Centro, no Terreiro, no trabalho, na escola, enfim, pessoas más que pensam negativo e que pedem coisas ruins para acontecerem aos outros. E em qualquer lugar esses espíritos atendem, principalmente quando são oferecidos a eles ofertórios que saciam seus prazeres, ou seja, quando oferenda-se algo, mesmo que seja uma flor bela, mas pedindo mal a alguém, esse espírito que foi presenteado com certeza trabalhará para o malefício de alguém em troca de agrados. Ao menos que a pessoa se resguarde através da oração.

Em contrapartida há pessoas que oferecem flores, velas e ofertórios de todos os tipos aos espíritos com o maior amor no coração, pedindo, e há também aqueles que oferendam comidas e obrigações para que o outro fique curado, se livre de coisas ruins, etc. Lembrando que não se faz necessário nenhum tipo de oferta no Espiritismo, mas não é por isso que falaremos mal dos que o fazem, pois quem faz com amor está fazendo o bem. E aliás o Espiritismo é um doutrina que não condena nada (apenas a má conduta), e um bom espírita não condena, apenas auxilia, quando solicitado.

GRUPO DE ESTUDOS AMIGOS DE CHICO XAVIER


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

QUAL A MISSÃO DAS MÃES NA TERRA?




No livro "Missionários da Luz", o Espírito André Luiz, conta através da psicografia de Chico Xavier, a história de um Espírito que se preparava para reencarnar, com a intenção de reparar o erro qu
e cometeu como mãe na Terra. Quando encarnada, foi devotadíssima mãe e esposa, mas contrariava a influência do marido no lar e estragava os filhos com excessos de meiguice sem razão. Eram três rapazes e uma jovem, que caíram muito cedo em desregramentos, e cedo desencarnaram. Após desencarnar entraram em regiões baixas. Quando esta mãe desencarnou, percebeu que falhou na educação dos filhos, então, implorou para reencarnar junto deles novamente. Seu pedido levou mais de trinta anos para ser concedido.

Então, na nova encarnação, ela os receberia como filhos novamente, sendo dois rapazes na condição de paralíticos, um na qualidade de débil mental e, para auxiliá-la na viuvez precoce, teria tão somente a filha, que seria também portadora de urgente necessidade de correção. E para que tivesse mais êxito na tarefa que se propôs desempenhar, pediu para ser feia e que a tireóide e as paratireóides não estivessem em perfeito funcionamento. Pois a perfeita harmonia física poderia perturbar suas atividades. E a sedução carnal é imenso perigo, não só para aqueles que emitem a sua influenciação, como também para quantos a recebem.

Então, é preciso reconhecer que à mulher está destinado a mais sublime missão, o mais elevado ideal, a tarefa redentora por excelência que é a PREPARAÇÃO DO SER HUMANO PARA A VIDA. Edificaremos um mundo melhor na medida em que a criança for convenientemente orientada. E esse serviço, por mais o neguem as feministas intransigentes, compete muito mais à mulher. Ela é a preceptora por excelência, a educadora mais eficiente. A maternidade é, talvez, a mais sacrificial e árdua de todas as missões, mas, se exercitada em plenitude é, também, a mais gloriosa de todas as realizações humanas.

Tudo tem uma finalidade certa, superior, que resultam a harmonia e o equilíbrio das leis eternas. A mãe, quando evangelizada, não fixa sua preocupação somente em dar aos filhos alimento, vestuário, brinquedos, lazer, escola, faculdade, conforto, mas principalmente, dedicação em colocar-lhes no coração os sentimentos e virtudes que os orientarão e lhes iluminarão os caminhos. Geralmente dizemos a eles que queremos que sejam “alguém” na vida. Mas, esquecemos de dizer para que busquem ser “alguém” honestamente, ou então, que busquem ser “alguém” diante dos olhos de Deus. Isso não significa, em hipótese alguma, que as mães devam realizar uma incrível “mágica” de transformar seus filhos em “anjos” em alguns anos de convivência.

O que Deus pede para as mães é que, sejam sempre esforçadas e dedicadas a tão importante encargo, que não desanimem ante as dificuldades ou desprezem o lar pela busca obsessiva das ilusões passageiras. O espírito não se modificará profundamente de um momento para outro. Porém, todo bom exemplo, toda boa palavra, toda corrigenda sincera, todo diálogo, toda energia, todo carinho, toda disciplina e todo amor jamais se perderão, mesmo que tenham sido encaminhados a um coração endurecido pelo mal, mesmo que ainda carregue muita preguiça, orgulho e egoísmo. As mães não são responsáveis pelas imperfeições dos filhos, mas sim se adubarem essas tendências infelizes ou se não as combaterem quanto podiam.

Como nos aconselha Santo Agostinho no O Evangelho Segundo o Espiritismo: “ESPÍRITAS, COMPREENDA AGORA O GRANDE PAPEL DA HUMANIDADE. COMPREENDA QUE, QUANDO PRODUZEM UM CORPO, A ALMA QUE NELE ENCARNA VEM DO ESPAÇO PARA PROGREDIR. INTEREM-SE DOS SEUS DEVERES E PONHA TODO O SEU AMOR PARA APROXIMAR DE DEUS ESSA ALMA, ESTA É A MISSÃO QUE LHES ESTÁ CONFIADA E CUJA RECOMPENSA RECEBERÃO SE FIELMENTE A CUMPRIREM. OS SEUS CUIDADOS E A EDUCAÇÃO QUE LHE DEREM AUXILIARÃO O SEU APERFEIÇOAMENTO E O SEU BEM-ESTAR FUTURO. LEMBREM-SE DE QUE, A CADA PAI E A CADA MÃE, DEUS PERGUNTARÁ: QUE FIZESTES DO FILHO CONFIADO À VOSSA GUARDA?”

Qual será nossa resposta? Este alerta não serve só para as mães, mas para todos os que têm uma criança sob sua responsabilidade.







Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC


domingo, 10 de fevereiro de 2013

SOBRE O CARNAVAL









Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.

É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.

Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.

(Emmanuel. Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 2001).


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PRÁTICAS ALTERNATIVAS NA VISÃO ESPÍRITA





Alguns centros espíritas, utilizam diversas práticas para a obtenção de cura. Reiki, Cromoterapia, Piramidologia, entre outros métodos alternativos.

Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.

O Reiki não está preso a nenhuma corrente religiosa. É uma técnica esotérica que utiliza a a imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, físico ou espiritual); podendo eliminar doenças e promover saúde.
Sabendo que essa prática não está presa a nenhuma filosofia religiosa, pode ser usado por um espírita, católico, umbandista, evangélico.

A Cromoterapia é a prática da utilização das cores por meio tecnológico. Principalmente usado com finalidade de cura. Os estudos da cromoterapia dizem que: o vermelho tem propriedade estimulante no organismo, o azul acalma, o amarelo provoca sensações de alegria, e o verde é repousante. Esses efeitos são mais ou menos intensos, dependendo da tonalidade usada.

Muitas vezes os dirigentes das casas espíritas mesclam suas funções com essas práticas. Não que esteja errado, mas se um centro que se diz espírita dá cursos de reiki, cromoterapia, entre outros, só falta oferecer cursos de informática.

Certa vez, um dirigente de um centro espírita aqui perto de casa disse que o espiritismo não tem nada de novo. Ele queria inovar, começou a trabalhar com outros métodos, alguns que entram em atrito com a Doutrina espírita.
As vezes inovar demais a Doutrina Espírita pode acabar sendo perdido a mensagem que ela nos passa.

Muitos buscam estas técnicas como medicina alternativa. Os resultados são os melhores. Muita gente já afirmou ter aplicado o Reiki em si mesma e ao terminar de impôr as mãos já não tinha mais dor alguma. Outros dizem que se sentem revigorados ao passar por uma cromoterapia. Enfim, esses métodos são sim ser muito bons, mas não tem ligação com a Doutrina Espírita.

Terapia de vidas passadas
Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas também não é prática espírita.

FONTE: Amigos de Chico Xavier



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ARMAGEDONS, DESPERDÍCIO E CRACK

José de Paiva Netto

Aprendamos a respeitar a Vida, do contrário a deusa morte multiplicará o seu trabalho. Foi o que reafirmei em 1991, na Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, Portugal, gravando o programa “Boa Vontade”, para a Rede Bandeirantes de Televisão, do Brasil.
Muita gente pensa que o Armagedom (Apocalipse de Jesus, 16:16) se refere apenas à possibilidade de guerra nuclear, química, bacteriológica, cibernética. Mas qualquer desrespeito às criaturas, que nem mesmo podem defender-se no útero materno, é um Armagedom. O crime organizado é um Armagedom. O analfabetismo material e espiritual é um Armagedom. A implosão da família é um Armagedom. O avanço tecnológico sem o espírito de solidariedade social é um Armagedom. O fanatismo religioso é um Armagedom. O materialismo desbragado é um Armagedom. A fome é um Armagedom. O Armagedom está à nossa mesa: os vegetais cheios de agrotóxicos, as carnes repletas de antibióticos e hormônios. O Armagedom reflete-se nas águas poluídas dos oceanos, lagos, rios e, mesmo, fontes. Os flagelados da seca e das inundações padecem um Armagedom. Sair às ruas para o serviço, o estudo ou a diversão, sem a certeza de um retorno tranquilo ao lar, diante da violência e da insegurança que por toda parte hoje se manifestam, o que é isso senão um Armagedom? A falta de Amor nos corações é um gerador de Armagedons. As pessoas ficam esperando o Armagedom, e ele já está aí… criado por nós.
E vejam só a conclusão do recente estudo inglês, “Global Food; Waste not, Want not”, que constitui outro inacreditável Armagedom. Ele aponta que, a cada ano, cerca de dois bilhões de toneladas de alimentos têm como destino o lixo. É simplesmente metade da comida do planeta. Esses números, sobre o desperdício que ocorre no mundo, revelam paradoxo capaz de questionar nossa própria condição de civilizados.

RESPEITO À VIDA
Entretanto, os problemas têm solução quando os seres humanos realmente se dispõem a resolvê-los. É uma questão de respeito ao divino privilégio de existir. Por isso, aqui se encaixa como uma luva este pensamento de Henry Ford (1863-1947), que certa vez definiu a Boa Vontade como a maior força da Vida: “Os tempos de riqueza não nascem por acaso. Surgem como resultado de muito esforço e pertinácia”.
Esse mesmo empenho devemos empregar no combate às drogas que infelicitam tantas famílias e na devida reabilitação dos seus usuários. O crack, o álcool, o tabaco, só para citar alguns, são, portanto, lamentáveis Armagedons a serem superados. Diz uma campanha do governo brasileiro: “Com o compromisso de todos é possível vencer o crack”. Eis uma consciência imprescindível em qualquer frente de trabalho.

PERTO DE JESUS, LONGE DOS PROBLEMAS
Digo sempre aos jovens na LBV: Quanto mais perto de Jesus, mais longe dos problemas.
No Evangelho do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, encontramos excelentes diretrizes do comportamento ideal para a vivência em sociedade, tendo o bom senso como guia de todas as horas.


José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

AS DIFICULDADES EM ACEITAR O ESPIRITISMO









Há vários e vários motivos pelos quais alguém pode se recusar a aceitar o Espiritismo, antes e depois de conhecê-lo.

Antes de conhecê-lo, muitos já o rejeitam de pronto: pode ser por já es
tarem satisfeitos com sua crença (doutrinária, religiosa, filosófica) atual, o que é completamente legítimo; mas também pode ser por terem algum preconceito contra o Espiritismo, e então se recusarem a sequer levá-lo a sério (o que não é lá muito legal, mas devemos entender e respeitar, sempre).

Pois é, mas não é disto que vamos tratar! Viemos falar sim daqueles casos em que a pessoa até se aprofundou um pouco, conheceu os principais elementos da Doutrina Espírita, de início até gostou e estava interessada, mas depois acabou a rejeitando, a relegando ao esquecimento, por ter se deparado com dificuldades em aceitá-la.

Essas dificuldades podem ser de muitos tipos: talvez se tenha tido uma idéia inicial errada a respeito do Espiritismo, como a de ser a solução mágica (e automática) para todos os problemas, e depois, claro, veio a inevitável decepção; ou talvez o iniciante tenha... se assustado com o Espiritismo! Sim, essa é uma das possibilidades, e é sobre ela que vamos falar hoje em especial.

O "susto" ao ter o primeiro contato com o Espiritismo é de todo compreensível: descobre-se que nunca ou quase nunca se está de fato sozinho, já que há bilhões de almas desencarnadas, em todo lugar, e elas não respeitam barreiras físicas, só as espirituais, podem interagir conosco em diversos graus, etc.

Descobre-se também que não existe tanta liberdade de pensamento assim, pois tudo o que pensamos (de bom e de mau) produz efeitos sobre nós e também no mundo espiritual, podendo, muitas vezes, ser "ouvido" ou "percebido" pelos irmãos desencarnados (não sem alguns efeitos, igualmente bons ou maus, conforme o que se pensou)...

Isto tudo pode assustar o iniciante. De uma hora para outra, conforme ele começa a ter contato com o Espiritismo, o mundo como conhecia "vira de pernas para o ar"!

Com o perdão de se estar fazendo uma analogia talvez um pouco infantil, é quase como quando Harry Potter recebe a visita de Hagrid, no primeiro livro da série (A Pedra Filosofal), e descobre que tudo que ele sabia até então não passava de meia verdade: havia todo um mundo desconhecido (mágico, no caso de Harry; espiritual, no caso do Espiritismo), mas que na verdade não tem nada de novo, sempre esteve lá, só não se sabia.

Conhecer o Espiritismo, e toda a realidade que até então se ignorava, costuma trazer sensações maravilhosas! Saber que a morte não existe, que nossos amados e queridos que se foram nunca deixam de existir, que essa não é nossa primeira nem nossa última vida, que apenas evoluímos como espíritos, não havendo como regredir, que não há sofrimento eterno ("inferno" ou algo do gênero), que há pessoas com "poderes mágicos" (faculdades mediúnicas)... tudo isto traz reconforto e encantamento à alma!

Mas estes novos saberes implicam também toda uma dose de estranhamentos, como os "sustos" que mencionamos, além de inúmeras responsabilidades que muitas vezes nem sequer imaginávamos que tínhamos!

É, o Espiritismo traz grandes novidades, mas nem todas suaves aos ouvidos: somos eternamente responsáveis por nossos atos, bons ou maus (há relativizações e exceções, mas isso fica para um outro post); nossos débitos passados devem ser "resgatados"; o suicídio não resolve os problemas, nem permite que se fuja deles, muito pelo contrário, só os agrava (idem, isto também renderia um outro post); somos talvez não os únicos, mas os maiores responsáveis pelos nossos sofrimentos passados, atuais e futuros...

E tudo isto, para muitas pessoas, pode ser insuportável: um "preço" muito alto para se acreditar no Espiritismo, mesmo que ele nos traga notícias tão boas, e implique um conhecimento tão vasto sobre o "lado de lá" da vida.

O que fazer então para ajudar esses nossos irmãos que, embora já conheçam ao menos um pouco o Espiritismo e tenham o achado interessante, estejam receosos de aceitá-lo?

Primeiro, seria interessante recomendar que procurem os livros com ensinamentos teóricos básicos (O Livro dos Espíritos, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns), e também aqueles com ensinamentos práticos (um bom começo é a série de livros A Vida no Mundo Espiritual, que começa com Nosso Lar, todos escritos pelo Espírito André Luiz e psicografados por Chico Xavier).

Também seria útil indicar Centros Espíritas sérios, onde sempre é possível assistir a palestras, dialogar com colegas mais conhecedores do Espiritismo, receber atendimento (caso precise), alugar livros, etc., tudo sem gastar nada.

Isto é importante porque, adquirindo maiores conhecimentos, o iniciante vai descobrir que não há o que temer, em nenhum daqueles tópicos que mencionamos (responsabilidades mil, espíritos em todo lugar, pensamentos "audíveis", etc): para cada um deles, há uma razão (bela e divina) de ser.

Fonte:Luz Espírita

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sábado, 2 de fevereiro de 2013

PINTURA MEDIÚNICA OU PSICOPICTOGRAFIA








Psicopictografia ou pintura mediúnica é a faculdade de os médiuns, através dos espíritos, realizarem desenhos ou a pintura de quadros com a utilização de técnicas diversas. É a manifestação dos espíritos, provando mais uma vez que há vida após a morte, por meio da arte, com a finalidade, entre outras, de auxiliar o próximo, de curar males do corpo e da alma, de transmitir energias benéficas e positivas. Com a ponta de um pincel ou simplesmente com a ponta dos dedos manipulando as cores de todos os matizes e nuanças, freqüentemente são derramadas saúde e paz sobre todos os que estão ao redor.

A pintura mediúnica, sendo de inspiração divina, ocorre num momento único, sagrado. Retrata-se, eterniza-se o momento, a cena. Registram-se em cores e formas as paisagens e seu colorido, o Sol, o dia, o mar; os sentimentos e suas faces. Grava-se, imortaliza-se o “Belo”.

No trabalho de pintura mediúnica os minutos parecem horas, e estas valem para toda a eternidade.

É um trabalho de inspiração simultânea, no espaço de nosso tempo, aqui e hoje, e outra dimensão, o Plano Espiritual. São instantes de êxtase, em que ocorre uma troca de energia e nos encontramos em sintonia com os nossos “Amigos do Espaço”. Estes, por sua vez, irradiam e canalizam na mente daquele que serve de instrumento a energia e a inspiração daquele que vai pintar. Assim, as mãos do médium são auxiliadas e seus dedos são transformados em ágeis pincéis que transferem os “momentos sublimes de uma existência” e gravam-nos no espaço limitado de uma tela branca e fria. Os mínimos movimentos são aproveitados, cada cor, cada tonalidade, e tudo é transformado em ondas de amor e bálsamo curador, para ser levado e distribuído aos mais necessitados.

Pintura mediúnica é prática de caridade, no auxílio às vítimas de toda espécie, e se desenvolve com o Evangelho de Jesus.

Quantos momentos são registrados, aproveitados e eternizados com a pintura mediúnica. O momento de uma flor, em plena exuberância de forma, beleza e cor. O momento de uma paisagem quente de verão, com seu brilho, sua paz, instantes antes que seja modificada pela próxima estação. O momento em que os sentimentos são denunciados, na expressão fechada, na lágrima que cai, no sorriso aberto. O momento triste de uma guerra. A alegria e a leveza dos movimentos de uma bailarina. O momento de calmaria de uma praia, banhada pelo Sol diante da imensidão do oceano azul, antes que cheguem a Lua e as estrelas, clareando a escuridão da noite.

Imagens perfeitas criadas por Deus, que, inspiradas e auxiliadas por nossos irmãos espirituais, são retratadas pelas mãos dos homens e eternizadas nas telas de nossas lembranças.

Obra mediúnica não tem fim, assim como a caridade e o amor não possuem medidas.

Para ser um médium pintor é preciso estudar e orar para poder servir dignamente; ter o firme propósito de ajudar o próximo; e se despojar de qualquer tipo de vaidade com relação ao trabalho que será realizado, para o qual ele é apenas um instrumento nas mãos do Plano Espiritual.

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Equipe Dirigente do Trabalho de Pintura Mediúnica
Centro Espírita Ismael