domingo, 30 de setembro de 2012

PALAVRAS DE RAMATÍS






Os pais que abandonam os filhos nas vidas anteriores, como péssimos zeladores dos seus próprios descendentes, a Lei do Carma os torna estéreis nas encarnações futuras, a fim de que se adestrem e desenvolvam o sentimento paterno criando filh
os adotivos! Malgrado a necessidade urgente de corpos físicos para dar vazão à simbólica "fila" dos espíritos angustiados pela sua encarnação, nem por isso a Lei deixa de agir, sob o conceito de "a cada um será dado segundo as suas obras"! Indagai às mulheres estéreis, cujos lares não passam de mundos silenciosos e tristes, sem o riso cristalino e a graça da criança buliçosa, qual seria a sua preferência. A mulher estéril, que é venturosa por satisfazer-se sensualmente sem qualquer perigo de gestar, indubitavelmente tratar-se-ia de criatura com forte tendência à prostituição, talvez mal contemporizada pelo acidente do casamento. Jamais a mulher "feminina", sob a proteção do lar e devotada ao esposo, trocaria a ventura de ter filhos pela transitória condição de liberdade sexual na vida física. Existem mil coisas, na vivência da mãe e seus filhos, que preenchem qualquer desventura e vicissitudes próprias dos lares terrenos! Os descendentes são o prolongamento dos pais, cujas ansiedades, sonhos e ideais compensam todas as agruras da vida. Dificilmente a mulher estéril considera-se premiada pela possibilidade de exercer o ato sexual sem fecundidade; mas vive sonhando com a ventura de um filho preencher o vazio do seu lar, afastando a tristeza, a melancolia, e cessando a frustração do casal solitário! Há mulheres sobrecarregadas de filhos e que, no entanto, expressam em sua fisionomia a alegria de espíritos já realizados na vida física, certas de que todos os seus pecados e débitos comuns pregressos foram superados pela vida tão prolífica de amparo a tantos outros espíritos que viviam ansiosos por um corpo físico.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O MUNDO ESPIRITUAL




Centro Espírita Celeiro de Luz

Esferas Espirituais

As esferas espirituais são as diversas subdivisões vibratórias do Mundo dos Espíritos. Estão para a vida extra-física assim como os continentes e os países estão para o mundo físico.

Os antigos já aceitavam a idéia da existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. Essa idéia, que foi a de todas as teogonias, faziam do céu os diversos degraus da bem-aventurança; o último deles era abrigo da suprema felicidade.

Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão estar no sétimo céu - para exprimir perfeita felicidade. Os muçulmanos admitem nove céus, em cada um dos quais se aumenta a felicidade dos crentes. A teologia cristã reconhece três céus; é conforme esta crença que se diz que Paulo foi alçado ao terceiro céu.

A obra Kardequiana, pelo fato de ser muito mais de síntese do que de análise, ocupou-se pouco com o exame do Mundo dos Espíritos. Estudando as diversas obras do Codificador, notamos que os Espíritos foram muito econômicos em informações à respeito de seu mundo.

Foi a partir de 1943, com o livro [Nosso Lar], de autoria mediúnica do Espírito André Luiz, pelas mãos de Chico Xavier, que nós passamos a compreender, com maior profundidade, as regiões extra-físicas.

Sabemos hoje, que o mundo dos Espíritos é subdividido em várias faixas vibratórias concêntricas, tendo a Terra como centro geométrico. A atmosfera espiritual das diversas esferas será tanto mais pura e eterizada quanto mais afastadas da crosta elas estiverem. Os Espíritos de maior luminosidade habitarão, naturalmente, as esferas mais afastadas, embora tenham livre trânsito entre elas e com freqüência visitem as esferas inferiores em tarefas regenerativas e esclarecedoras. Em cada esfera, o solo tem consistência material, e acima se vê o céu e o sol. Diversas cidadelas espirituais, postos de socorro, ou instituições hospitalares estão distribuídas nas diversas esferas, abrigando Espíritos em condições evolutivas semelhantes.

André Luiz dá o nome de Umbral às três primeiras esferas, contadas a partir da crosta, e segundo este autor, a região umbralina é habitada por Espíritos que ainda necessitam reencarnarem no planeta Terra, comprometido que estão com vida neste orbe.

Sobre o umbral, André Luiz [Nosso Lar] dá o seguinte depoimento:

"É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. Funciona como região de esgotamento de resíduos mentais. Pelo pensamento os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Cada Espírito permanece lá o tempo que se faça necessário."

Informa também André Luiz que os Espíritos que estão nas esferas superiores podem transitar pelas esferas que lhes estão abaixo, mas os Espíritos que estão nas esferas inferiores não podem, sozinhos, passar para as superiores.

As Colônias Espirituais

Os livros de André Luiz dão-nos informações detalhadas a respeito da vida nas três primeiras esferas espirituais. Segundo ele, estas faixas vibratórias são formadas de inúmeras cidadelas espirituais, umas maiores, outras menores, onde se reúnem Espíritos em condições evolutivas semelhantes.

As condições de sociabilidade das esferas mais purificadas nos são totalmente desconhecidas, no entanto, a vida nas regiões mais próximas da crosta desenvolvem-se de maneira semelhante:

Habitação: há semelhança com a que existe na Terra. No plano extra-físico vamos identificar casas, hospitais, escolas, templos, etc.
Ernesto Bozzano [A Crise da Morte] afirma que a paisagem astral se compõe de duas séries de objetivações do pensamento. A primeira é permanente e imutável, por ser objetivação do pensamento e da vontade de entidades espirituais muito elevadas, prepostas os governo das esferas espirituais. A outra é, ao contrário, transitória e muito mutável; seria a objetivação do pensamento de cada entidade desencarnada, criadora do seu próprio meio imediato.
Examinando o pensamento deste autor, podemos aceitar que as construções das colônias espirituais enquadram-se na primeira série, enquanto a paisagem das regiões umbralinas pertencem a segunda;
Vestuário: a apresentação externa dos Espíritos depende de sua força mental e de seu desejo, pois eles são capazes de modificarem a sua aparência por um processo denominado ideoplastia.
Nem todos os Espíritos, no entanto, têm condição evolutiva suficiente para plasmarem suas vestes perispirituais, donde a necessidade de roupas confeccionadas por especialistas na área. André Luiz [Nosso Lar] mostra departamentos reservados a esta tarefa;
Alimentação: nem todos os Espíritos são capazes de retirar do Fluido Cósmico Universal a energia reparadora para as suas células, daí a necessidade dos Espíritos materializados, alimentarem-se de recursos energéticos mais consistentes. Por esse motivo, observam-se no mundo espiritual alimentos a base de sucos , sopas e frutas;
Sono e Repouso: quanto mais evoluído o Espírito, menos necessita de repouso, para reparar as suas energias. Espíritos inferiores dormem à semelhança do homem encarnado;
Transporte: os Espíritos superiores se locomovem através de um processo denominado volitação, onde transforma a sua energia latente em energia cinética, deslocando-se no espaço em altas velocidades. No entanto, Espíritos existem, que ainda não desenvolveram esta faculdade, daí a necessidade de veículos para transporte nas faixas espirituais mais próximas da Terra;
Linguagem: a linguagem oficial entre os Espíritos é a do pensamento. No entanto, muitas almas ainda involuídas, não conseguem se comunicar através do pensamento, donde a necessidade de palavra articulada.
Assim sendo, vamos observar colônias onde se fala o português, o inglês, etc.;
Vida Social: a vida social nas colônias espirituais é intensa e tem como objetivo a preparação dos Espíritos para o seu retorno a Terra em nova roupagem física. Estudam, trabalham, repousam e se divertem. Há relatos de casamento, festas e jogos, segundo hábitos e costumes da colônia. O Maria João de Deus [Cartas de Uma Morta] afirma:

"Os saxões, os latinos, os árabes, os orientais, os africanos, formam aqui grandes falanges à parte, e em locais diferentes uns dos outros. Nos núcleos de suas atividades conservam os costumes que os caracterizavam e é profundamente interessante verificar como essas colônias diferem umas das outras."

Manoel Philomeno de Miranda [Loucura e Obsessão] lembra-nos:

"Católicos, protestantes e outros religiosos após a morte, não se tornam espíritas ou conhecedores da realidade ultra-tumular; ao revés, dão curso aos seus credos, reunindo-se em grupos e igrejas afins."

Cabe-nos lembrar que nem todas as cidadelas espirituais têm uma orientação sadia, voltada para o bem e para o equilíbrio das criaturas. André Luiz [Libertação] diz:

"Incapacitados de prosseguir, além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando entre si a dominação da Terra."

Mas lembra também o benfeitor que, a Misericórdia Divina não os desampara pois, são observados e assistidos por entidades luminosas;
Animais e Plantas: o solo do mundo espiritual, à semelhança do solo do planeta é coberto por uma infinidade de plantas, flores e hortaliças que são cultivadas, com muito esmero, por mãos bondosas.
Os animais, como regra geral, reencarnam quase imediatamente após a morte, no entanto, em certas ocasiões, eles podem vir a ser preparados por entidades especializadas para serem utilizados em tarefas específicas.
Muitas vezes, no entanto, as descrições da paisagem espiritual, quando falam de "formas animalescas", estão se referindo a Espíritos humanos em processo de deterioração de seus corpos espirituais (licantropia ou zoantropia), como também de "formas ideoplásticas", fruto do pensamento e da vontade de entidades viciosas do astral inferior.
O Homem após a Morte

Lembra-nos Kardec que "após a morte, cada um vai para o lugar que lhe interessa", pois cada individualidade vai deslocar-se, após o desencarne, para a região espiritual que está em concordância com o seu modo de ser e viver. E complementa [ESE]:

"Enquanto uns, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço. Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente."

De forma didática, podemos sistematizar as opções do homem após a morte física em três situações:

Continuar Vivendo na Crosta: são Espíritos excessivamente apegados a vida física e que não conseguem assumir a sua condição de desencarnados, continuando a viver nos locais onde se habituaram, às vezes sem ao menos darem-se conta de que já não mais pertencem ao mundo material.
Alguns fatores que podem condicionar a este apego a vida material:
ignorância, confusão e medo;
apegos excessivos a pessoas e lugares;
inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo;
vinculação a negócios não concluídos;
desejo de vingança;
Deslocarem-se para certas regiões do Umbral: muitos Espíritos culpados ou viciosos, após o desencarne, são levados por uma força magnética automática ou por entidades do mal, para uma das regiões umbralinas e lá permanecerão até que o arrependimento e a vontade de reparar o passado modifiquem a sua psicosfera pessoal;
Recolhimento a uma Colônia Espiritual onde deverão integrar-se à Vida Extra-Física.
Bibliografia

Coleção Nosso Lar (16 obras) - André Luiz/Chico Xavier
Cartas de Uma Morta - Maria João de Deus/Chico Xavier
Voltei - Irmão Jacob/Chico Xavier
A Vida Além da Morte - Otília Gonçalves/Divaldo Franco
Cidade no Além - Heigorina Cunha
Loucura e Obsessão - Manoel Philomeno de Mirtanda/Divaldo Franco

domingo, 23 de setembro de 2012

OS SANTOS SEGUNDO O ESPIRITISMO




Todos nós brasileiros de certa forma já ouvimos falar nos santos. Nosso calendário segue o cristianismo. Temos nele feriados, datas e festividades aos santos. E quem foram eles? Qual é a importância deles na
sociedade? Qual é o papel deles no mundo espiritual?

Eles foram espíritos como nós, mas se destacaram e ficaram famosos pelos seus feitos. Uns carregavam as marcas de crucificação do Cristo, outros abriram mão de uma vida de paixões e luxo para se tornarem mais humildes e ser levar o nome de Jesus adiante. Outros foram levados ao altar por lutar (ir para a guerra) a fim de que o cristianismo não se enfraquecesse.

A Igreja Católica não tem em sua doutrina religiosa a reencarnação. E acham que esses espíritos continuam a ser como era quando aqui encarnados. Acham que se o espírito foi um papa milagroso que faleceu há mais de 500 anos, ele continuaria a usar roupas de sacerdote católico.
Mas perante a Doutrina Espírita, todos nós estamos em uma vida contínua, porém com diversas existências. Sabemos também que o espírito quando necessita retornar a terra para resgatar ou com uma missão, ele reencarna. Ele Volta e não se pode dizer que ele receberá o mesmo nome, nem seguirá a mesma filosofia religiosa, e aonde (em que país, nação) ele reencarnará será relativo.

Pense comigo: vamos usar como exemplo, um santo muito popular que é São Jorge. Ele nasceu na atual Turquia e se formou no exército da Capadócia. Jorge foi casado, tinha família, e era um homem assim como nós. Sua missão seria vir na terra para defender e lutar pelo seu povo que tinha medo de falar que seguia ao Cristo. Sendo assim, reuniu um exército para defender, não para atacar. Portanto que os livros e biografias falam que Jorge apenas defendeu. Mas foi pego e decapitado.
Esse ato de fé, naquela época serviria como exemplo para os homens. Sendo assim, puseram-no no altar, canonizando-o para que os homens se espelhassem nele.

Ele desencarnou há mais de mil anos. E será que ele não teria mais reencarnado na terra?

- Claro que sim. Sob a visão da Doutrina espírita, claro que ele deve ter reencarnado. Assim como outros santos. Não que tenham reencarnado neste planeta, pois nós espíritas acreditamos que poderiam reencarnar em outros planetas também. Eles certamente tiveram essa missão. Vieram na terra para lutar para que o nome e os ensinamentos do Cristo não fossem extintos (o que não aconteceria, por isso vieram para terra).
Assim aconteceu com vários Mártires, como outro santo muito popular que é São Sebastião.

E As Orações que São feitas a Eles? São atendidas? Por quem?

Claro que são atendidas, assim como são atendidas as orações feitas a Deus, aos médicos espirituais, entre outros espíritos. São atendidos por espíritos amigos. Muitos trabalham dessa forma. Pois o espírito pode se plasmar da maneira que achar melhor. Na forma mais feliz. Isso quando se trata de um espírito mais evoluído.
A Vida de Francisco de Assis, foi uma escolha dele seguir ao cristo renunciando todas as coisas mundanas que o atrasava. Ele com certeza deve se sentir muito feliz se plasmando dessa forma.
Pode sim ter reencarnado e pode reencarnar quantas vezes achar necessário.
Muitos representantes da Igreja que ao desencarnar continuam a trabalhar com os santos. Ouvindo as Orações e Preces.

A nossa doutrina nos ensina que a dor, o sofrimento ainda se faz necessário. É um modo de aprendermos a corrigir os erros do nosso passado. E muitas vezes exigimos que os espíritos trabalhem em nosso benefício. Eles observam orações por orações e ajudam sim, mas se for contra as leis de aprimoramento do ser, eles não irão atender, pois seria ir contra as leis de Deus. a lei de ação e reação.

E As festas Realizadas para Eles?

A Doutrina espírita nos diz que os espíritos não necessitam disso.
Eles não precisam de velas, flores, balões, entre outros.

Vamos refletir um pouco:
Muitos, principalmente católicos e umbandistas no dia de cada santo atiram fogos de artifício. Lembremos que soltar fogos é muito bonito, mas não significa que o espírito necessita disso para atender às preces.
Acreditamos que as festas realizadas em nome dos santos, é uma boa ocasião para a confraternização. Mas a Doutrina Espírita não estipula nenhum calendário festivo. Nem realiza festas e procissões.

Representar esses Espíritos por Imagens. O que o espiritismo diz?

A Representação desses espíritos por imagens, vem também da Igreja católica. Os santos por serem espíritos esclarecidos, bondosos, que deram testemunho de que são acima da matéria, não ficam presos a representações nem a imagens.

Vamos lembrar que nenhum objeto tem força por si só. O que tem força é o seu pensamento. E se você acreditar que aquela imagem irá te ajudar, você acaba que irá registrar em sua mente que aquilo irá te salvar. Sendo assim, a cura, a bênção e o milagre virá. Mas não pela imagem, e sim pela sua força mental.

Aspectos positivos nas Imagens:
Uma pessoa ao olhar para a imagem de Jesus, ela toma um respeito pela imagem e pelo nome dele. Quando ela entra em um lugar que tenha a imagem de um santo, ela vai se policiar para não xingar, não falar coisas indevidas, não dispersar o assunto, não pensar em coisas que não são vinculadas a fé.

Existem Espíritos nas Igrejas?

Claro que tem espíritos nas igrejas. Lembre que Jesus disse: onde houver duas ou mais pessoas reunidas em meu nome eu me farei presente.
Muitos católicos quando vão as missas rezam, pensam em coisas boas, tentam se auto-melhorar. E como tal os espíritos se fazem presente. Aliás, em qualquer lugar onde houver pessoas os espíritos estão.
Os espíritos vão nas igrejas, abençoam as hóstias, dão passes naqueles que estão em sintonia com o bem. Por isso muitos se sentem bem indo em missas.
Além disso. Muitos buscam as igrejas para fazerem missas, corrente de orações a familiares e amigos falecidos. É claro que tem espíritos com grau de evolução baixo, que necessita de ver e sentir o calor das vozes em oração a ele. E é claro que esse espírito se sente melhor com tantas preces feitas com o coração.
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É BOM LEMBRAR

Assim como Emmanuel, mentor de Chico usava roupas romanas, porque se sentia bem. O espírito de um Papa, pode usar roupas sacerdotais. Assim como Joanna de Ângelis se plasma como freira.
Vamos lembrar que, Chico Xavier em sua Humildade, tinha imagens de santos. Não que ele as cultuava e adorava. Mas ele respeitava e gostava muito. Inclusive tinha muita fé em Nossa Senhora da Aparecida e Nossa Senhora da Abadia.
Dr.Bezerra de Menezes, o médico dos pobres, dizia que tudo o que ele fazia era em nome de Nossa Senhora.
A Doutrina Espírita não usa imagens, mas não condena aqueles que usam. Um bom espírita não condena, apenas auxilia quando solicitado.

GRUPO DE ESTUDOS AMIGOS DE CHICO XAVIER

sábado, 22 de setembro de 2012

JESUS E DEUS




"Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

R - Jesus"

("O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, questão 625)

O espiritismo é uma ciência filosófica de consequências morais. Como ciência investiga, como filosofia explica e como ética aponta-nos um roteiro seguro na nossa caminhada moral: os princípios cristãos. O espiritismo é pois uma doutrina cristã, na sua pureza original, despojando-se de todos os apêndices que entretanto o homem lhe foi pondo. Exemplo a seguir? Jesus, indubitavelmente. Só que, Jesus não é Deus e o espiritismo explica racionalmente porquê!

Muita gente quase se choca quando ouve num centro espírita que Jesus não é Deus. Também não admira, pois espíritas existem que ainda reagem assim. É como se fosse quase um sacrilégio dizer tal "barbaridade", uma ofensa, quase um desafio a Deus.
Tal ideia vem certamente do facto de a grande maioria ter sido educada dentro das ideias professadas pela Igreja Católica, onde se ministra o ensinamento da Santíssima Trindade - Pai, Filho e Espírito Santo - onde existem três entidades numa e uma em três. Algo difícil de explicar racionalmente, daí ser um dos dogmas teológicos da Igreja Católica.

Embora não concordemos com tal posicionamento, convém frisar que a postura de qualquer espírita é de profundo respeito pelas ideias de quem quer que seja, na certeza de que todos nós somos espíritos em evolução e como tal passíveis de estarmos em níveis evolutivos diferenciados, quer no campo moral quer no intelectual. Assim sendo, o espiritismo apresenta-nos essa imagem bela da Vida como um todo e, como tal, é uma doutrina universalista que visa unir e não fraccionar. Daí, não poder ser uma religião, no sentido que se conheçe, pois se assim fosse seria "mais uma" em oposição a tantas já existentes. É pois, uma doutrina filosófica de consequências morais, com um campo de abrangência mundial, marcadamente cristã, cujo objectivo é contribuir para a elevação espiritual dos seres encarnados (no corpo de carne) neste planeta.

O Espiritismo faz a apologia da fé raciocinada

O Espiritismo ensina-nos e a razão sanciona (o espiritismo é apologista da fé raciocinada) que todos os seres criados por Deus foram colocados em pé de igualdade, isto é, simples e ignorantes, cheios de potencialidades superiores ("vós sois deuses"), seres esses que evoluiriam mais ou menos rapidamente conforme o seu esforço e livre-arbítrio, de existência em existência, de reencarnação em reencarnação, cuja meta é comum: atingir o estado de espíritos puros em que já não necessitam mais reencarnar para evoluir e passam então a colaborar com Deus na co-criação do Universo.

Assim sendo, muitos começaram primeiro que outros o seu processo evolutivo, no entanto sempre com as mesmas condições para todos, sem as quais a justiça divina e igualdade de oportunidades facilmente cairiam por terra. Outros começaram ao mesmo tempo, no entanto, enquanto uns se imobilizaram, por exemplo, nos trilhos lodosos do ódio, outros partiram para as estradas seguras do perdão, e puderam assim alcançar primeiro, níveis que os outros alcançarão apenas mais tarde, em virtude da sua rebeldia.

Dentro dos princípios básicos da doutrina espírita - Deus, Imortalidade da alma, Comunicabilidade dos espíritos, Vidas sucessivas (Reencarnação), Lei de Causa e Efeito, Pluralidade dos Mundos Habitados - fácil é deduzir que Jesus (o governador espiritual do Planeta Terra) começou sua vivência evolutiva simples e ignorante, como os demais, tendo no entanto alcançado os píncaros da espiritualidade. A sua evolução espiritual processou-se certamente noutros orbes, sabe-se lá em que parte do Universo. Terminada essa fase evolutiva, eis que toma novas tarefas, agora como responsável pela vida no Planeta Terra e pela evolução dos seres que ai aportam. É um irmão mais velho, que carinhosamente nos indica o rumo a seguir até que atinjamos aquilo a que vulgarmente se apelida de céu. É pois, o intermediário entre Deus e os homens. Numa analogia um pouca terra-a-terra, e comparando Portugal com o Universo, poderiamos dizer que Deus é o "Presidente da República" e que Jesus é o "Governador Civil" de uma das cidades. Fácil é inferir que as outras cidades (outros planetas) terão por sua vez cada qual o seu "Governador Civil", que terão outros nomes, mas que estarão ao nível de Jesus (por hipótese).

Algo talvez simultâneamente simples e complexo, para ser abordado numa página de jornal. Daí não dispensarmos um estudo atento pelo "Evangelho Segundo o Espiritismo" e "Livro dos Espíritos", bem como "O Livro dos Médiuns", "O Céu eo Inferno" e "A Génese", todos eles de Allan Kardec.

FONTE: PENSAMENTOS DE ANDRE LUIZ

 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A AIDS É CASTIGO DE DEUS?




A Aids não veio para moralizar, como dizem muitos. Ela é resultado da promiscuidade e da negligência, é a colheita, da má sementeira. Ela não tem caráter moral, não é punição divina, como dizem alguns. Nó
s é que a criamos. É como correr na contra mão à 200km/h no meio da rua. Quando somos acidentados, dizemos que Deus nos castigou. A sífilis aí está com uma incidência terrível.

O herpes genital é tão cruel ou pior do que a Aids, e vem se manifestando de forma acelerada. Precisamos compreender que todos nos encontramos na Terra em processo de lapidação. Buscamos a plenitude espiritual, através das ininterruptas jornadas do ir-e-vir, do nascer, morrer e renascer, adquirindo experiências numa área, enquanto, não raro, noutra nos comprometemos. É a dor, ainda, o instrumento que mais nos adverte e que melhor nos lapida as arestas morais, quando deveriam ser o amor e a abnegação a sublimar-nos os sentimentos. Graças a isso, periodicamente a humanidade é visitada por enfermidades ásperas e aparentemente indecifráveis, como foi o caso, no passado, da lepra ou Mal de Hansen, da varíola, da peste bubônica, das enfermidades endêmicas como: tuberculose, câncer, doenças do aparelho respiratório, das alienações mentais e, mais recentemente, da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

A Aids é uma manifestação degenerativa do organismo, que tem a sua causa matriz num vírus, hoje identificado, e que apresenta polivalência, já que ele tem a propriedade de sofrer mutações. Em determinado momento, ele modifica a estrutura e passa a ter outras reações, o que vem impedindo a ciência de lograr uma vacina preventiva ou uma terapia de resultados positivos. A Aids é, portanto, um desses recursos de que a Vida se utiliza, para que aqueles que estão incursos nos desequilíbrios morais possam libertar-se dos mesmos.

Só se tornam aidéticos: os que se entregam à promiscuidade sexual, a atos contrários à anatomia estabelecida pela natureza; os hemofílicos e aqueles obrigados a receberem transfusões sanguíneas; os usuários de drogas injetáveis; os nascidos de mães contaminadas. Se tomarmos cuidado na atividade sexual, fazendo uso correto de preservativos descartáveis, estaremos resguardados da Aids na área do sexo. Quanto à transfusão de sangue, este deve ser previamente examinado, para determinar se procede ou não de doador contaminado. No caso da aplicação de drogas, as agulhas e seringas devem ser descartáveis.

Em relação aos hemofílicos, que são obrigados a receber transfusões de sangue, o problema tem as suas raízes em vida anterior. Nas crianças que nascem infectadas, a problemática também remonta às encarnações passadas, graças às quais o ser retorna à luta terrestre para expungir, através de um fenômeno degenerativo, os delitos praticados, como o suicídio, a promiscuidade do sexo, o desrespeito à vida, que criam no organismo matrizes receptivas para que o vírus se desenvolva com rapidez. Lembremos que a criança é um espírito velho em corpo novo. Sofrer sem dever seria injustiça de Deus.

A ciência também detectou que um grande número de infectados não tem facilidade de multiplicar o vírus, embora possa tornar-se contaminador, podendo conviver com ele por muitos anos, sem sofrer, na saúde, qualquer dano, ou seja, a pessoa transmite o vírus, mas não sofre com os sintomas da doença. Os grupos de risco estão estabelecidos predominantemente na área do exercício da promiscuidade a que cada um se coloca. São os chamados homossexuais, mas também, os heterossexuais. O vírus chamado HIV, quando se instala, ataca o linfócito, célula do sangue, comprometendo as defesas orgânicas, assim gerando um estado de desequilíbrio, em que qualquer enfermidade nos pode destruir a vida. É como se nós tivéssemos dentro de nós soldadinhos que nos ajudam a combater as doenças que possam nos atacar. Quando adquirimos o vírus HIV, ele mata nossos soldadinhos, e nós ficamos sem defesa orgânica.

Os que desencarnam com a AIDS, sofrem do mesmo modo que os desencarnados por gripe, por infarto ou por câncer. Por isso, não devemos ter nenhum preconceito contra a Aids, nenhuma atitude negativa contra o aidético, nenhuma segregação contra as pessoas pertencentes aos grupos de risco. São irmãos necessitados de carinho, assistência e compaixão. O aidético, sim, deve ter medo de nós e não, nós, dele, porque nós o contaminamos com doenças para as quais ele não tem resistências orgânicas. O aidético é que deveria usar máscara, luva, etc., pois uma simples gripe pode matá-lo.



Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

HORÓSCOPO NA VISÃO ESPÍRITA











Os astros influenciam igualmente na vida do homem?

Emmanuel: “As antigas assertivas astrológicas tem a sua razão de ser. O campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra; porém, a existência planetária é sinônimo de luta. Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual receberá por suas obras, achando-se cada homem sob as influências que merece.”(Livro: O Consolador - psicografia de: Chico Xavier)

“O homem é senhor de seu próprio destino. As influências mais séria que venha a sofrer condicionam-se à sua própria vontade . . . Por isso, profecias relacionados com a vida diária, baseados em meras especulações astrológicas, somente se concretizarão na medida em que lhes dermos o aval da aceitação.” (Richard Simonetti)

Nós espíritas não acreditamos em horóscopo porque sabemos que somos Espíritos onde cada qual de nós está num grau evolutivo e traz uma bagagem de vivência passada diferente uns dos outros. Nem todos que são do signo de aquário, por exemplo, tem o modo de agir, o temperamento, o gosto, etc., iguais. Todos temos um pouco da característica que deram a cada signo. Somos hoje o que fizemos ontem e seremos amanhã o que fizérmos hoje.

Mas, respeitamos quem acredita.

FONTE: ESPÍRITOS KARDEC

 

domingo, 16 de setembro de 2012

PALAVRAS DE RAMATÍS




O dogma da "Santíssima Trindade", adotado e cultuado pelos católicos, equivale ao dogma da "Trinamurti", admitido e proclamado pelos hindus, e por outros povos asiáticos, nessa tentativa de expor de modo compreensível os três principais aspectos da manifestação divina. Sem dúvida, muitas religiões exageram materializando em demasia o que é apenas simbólico, embora esse culto aos aspectos trifásicos de Deus não lhe modifique a identidade da Suprema Lei ou Princípio único. Sob o invólucro místico e religioso das principais religiões de todos os povos, se proclama os "três aspectos" de Deus, porém derivados e não divididos da mesma Unidade. Os hindus devotam a trindade Brahma, Siva e Vishnu; o Budismo menciona Anútaba, Avalokiteshavara e Naudjousri; os germanos, Votã, Friga e Dinar; os egípcios, Osíris, Ísis e Hórus; os persas, Orsmud, Arimã e Mitra. A Igreja Católica refere-se ao Pai, Filho e Espírito Santo, cujo aspecto trifásico também poderia ser admitido pela Ciência do mundo nos aspectos de Espírito, Energia e Matéria, ou ainda, Pensamento, Vontade e Ação, correspondendo, portanto, à Lei de equilíbrio, movimento e forma.

sábado, 15 de setembro de 2012

O ESPÍRITA E O ESPIRITISMO EM TEMPOS DE POLITICAGEM




Quando estamos em ano eleitoral, é muito comum ver indivíduos ligados a politica procurando os templos, para subir nos púlpitos ao lado dos sacerdotes, para que peçam bençãos em forma de oração e rezas para suas candidaturas, mas que na realidade querem votos, e isso acontece também com os Centros e Federações espiritas...

Lembro-me que aqui em São Paulo há alguns anos atrás, um Vereador que jamais e graças a Deus, nunca mais foi reeleito, lançou o " Dia do Espirita " em 18 de abril , para homenagear-nos por ocasião do lançamento de o Livros dos Espíritos, e nascimento do Espiritismo em 18 de Abril de 1857.

Conforme minha memória sem datas não me falha, uma recém criada Revista que visava divulgar a doutrina o apoiava, e lançavam um Jornal de Numero "ÚNICO", pois nunca mais o vi em circulação, quase todo ele falando do Vereador que coincidentemente se lançaria a reeleição no mesmo ano, e acabou ganhando para minha posterior tristeza, o fato se dá que mandei um email á época ao Editor Responsável da referida revista onde questionava sobre o perigo de vincular a doutrina com a pessoa, o editor foi um tanto ríspido ao responder-me defendendo o candidato.
Algum tempo depois este candidato lança um projeto onde tenta impedir a entrada de nordestinos em São Paulo, projeto este que o deslocou do cenário politico paulistano...

Tivemos um individuo que entendia a importância do 18 de abril para a historia dos espiritas, mas não entendia o que prega o espiritismo no que tange a fraternidade e nossa filiação divina, ignorava a constituição que nós dá o direito de ir e vir por todo o nosso território Nacional...

Não quero contribuir com o paradigma que todo politico é ruim, ou que queira ver o povo pelas costas...
O que quero chamar a atenção é para que tenhamos consciência politica ou que tomemos essa consciência.
Que não votemos em um individuo simplesmente pelo fato de decretar o dia disso ou o dia daquilo, mas que tenha um projeto social importante para ser apresentado para a cidade onde residimos.

Onde esses projetos não beneficie a pequenos grupos, mas a sociedade. Que seja consciente e consistente no que deseja.
Que seja claro e que tenha palavra...
E para isso não precisa ser espirita, pode até não ser.
E que se for espirita que obedeça as padrões anteriores.
Ser Espirita é ter compromisso com a perfeição ou seja, é comprometido com sua própria consciência em se melhorar a cada dia, Ser Espirita NÃO é ser PERFEITO, por isso não é ponto relevante e exclusivo para influenciar o nosso voto.

Muito embora saibamos que o "Espiritismo caminha com os homens, e apesar deles", é importante não macular a quem amamos, e principalmente quando quem amamos é o espiritismo uma proposta para um impulso para evolução da sociedade.
Que o espiritismo seja usado pelos políticos para estruturarem sua ética e compromisso social, sua pedagogia para mudar o mundo. que usem a filosofia espirita para resolver intrincados problemas sociais da humanidade, que a moral espirita possa nortear a forma como o politico olhe a sociedade e tente resolver seus problemas...

Mas digamos, NÃO, a quem queira usar o espiritismo como trampolim eleitoral, pois como diziam os Surfistas de minha época " Surfar na crista da onda", ou seja, estar em evidencia, ser a moda ou da moda, o momento ou do momento, neste momento para alguns o espiritismo esta na crista da onda.
Hoje a crista da onda é abordar a temática espirita.
Hoje a crista da onda é ler livros psicografados.
Hoje a crista da onda é lançar filmes com temática espirita.
Hoje a crista da onde é André Luiz , Chico Xavier...
Mas para espirita o que jamais deixará de ser crista da onda ou a balança será, o bom senso...
O espirita jamais deixará que pensem por ele, mas pensará por si mesmo.

Pois ao espirita é ensinado que duvide, que tire provas que experimente, que raciocine no que acredita.
Que seja um individuo que tente seguir os passos de Allan Kardec no quesito "bom senso", pois como definiu Camille Flamarion ele foi o " bom senso encarnado".

Pensemos no papel de um vereador e prefeito...
Siga-o em sua rede social questione-o veja seus projetos, salve seus projetos , e cobre o cumprimento de cada um deles por meio da internet, assim estaremos cumprindo o nosso papel de cidadão e de espirita , que é cidadão do universo em aprendizado, que exerce sua cidadania na escola que se encontre matriculado.
Pois o cidadão espirita ele não pertence a classe A, B , C, D ou E, ele não é preso a um CEP, ou pobreza ou riqueza, o cidadão espirita ele trabalha pelo todo, pois ele sabe que se ele esta na terra para trabalhar pela igualdade.
Vote consciente...

Saiba em quem vota e porque vota, essa é tua escolha , e a tua escolha reflete em nossa vida...


Texto da autoria de Ricardo de Lima
Fonte: Blog Kardeciano