Hoje,
21/01, é Dia Nacional de combate à intolerância religiosa, bem como Dia Mundial
da Religião. Religião não rima com intolerância, religião é liberdade, amor,
respeito e não pode haver briga em nome de Deus. A real finalidade das
religiões é de conduzir o ser a Deus. Portanto, a religião que não torna o
homem melhor, não atinge seu objetivo. Vivamos todos em paz e que Deus esteja
conosco hoje, amanhã e sempre...
Em Eclesiastes, no Antigo Testamento, podemos encontrar as
seguintes passagens que os protestantes, em geral, muitas vezes usam para
detratar o Espiritismo: "Com efeito, os vivos sabem que hão de morrer,
mas os mortos não sabem mais nada; para eles não há mais recompensa, porque sua
lembrança está esquecida" (Ecl. 9:5) e ainda "Tudo que tua
mão encontra para fazer, faze-o com todas as tuas faculdades, pois que na
região dos mortos, para onde vais, não há mais trabalho, nem ciência, nem
inteligência, nem sabedoria" (Ecl. 9:10). Há ainda a passagem de
Hebreus 9:27: “E, como aos
homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo.” Há outra em Isaías 26:14: "Mortos não tornarão a viver,
sombras não ressuscitam..."
Respeitamos a Bíbia, porém, com todo respeito, ela é um
livro de controvérsias. Pois, ao abrirmos no Evangelho de Lucas, cap. 20, vv.
38, encontramos: “Deus não é Pai de
mortos, mas de vivos”. Vemos então que “os mortos não morrem”, como sempre
assevera o diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, Paiva Netto.
Quanto a Hebreus 9:27, não há nada de errado com o que Paulo
de Tarso disse. De fato, a vida é única e morre-se uma vez só, pois, as
existências físicas é que são várias e, a cada encarnação, morremos apenas uma
vez. O que contradiz com os “milagres” feitos pelo Cristo, pois, haveria 3
problemas: Primeiro: Jesus ressuscitou Lázaro. Este, então,teve duas mortes?
Segundo: Se Lázaro estava morto há dias, e o juízo vem após a morte, não teria
sido ele julgado por Jesus ou Deus? Será que ele teve permissão de voltar do
céu ou do inferno? Terceiro: Afinal, em que ocasião seremos julgados?
Em Eclesiastes 9:10, onde afirma-se que para onde os mortos
vão, isto é, para debaixo da terra, nada há, está totalmente correto. Pois,
para onde o nosso corpo, a nossa vestimenta e instrumento de trabalho vai, que
é, repito, para 7 palmos debaixo da terra, nada há. Porém, a alma, que
sobrevive ao fenômeno da morte, vai para o mundo espiritual, onde colherá o que
plantou quando “vivo”.
Nossos irmãos protestantes afirmam que, após a morte, a alma
adormece até o retorno do Cristo Salvador, onde ele fará a separação do joio do
trigo arrebatando as almas bondosas para o Reino dos Céus e as más para a
danação eterna. Ou seja, para os protestantes a vida espiritual é inativa.
Portanto, para eles, supostas manifestações espirituais são manifestação do
demônio, o que para nós espíritas não é verdade.
Enfim, a Bíblia está repleta de fenômenos espíritas.
Para os nossos irmãos católicos, apenas as almas dos santos podem interceder a nosso favor, o que é um equívoco. Ora, somente pelo fato de essas almas quando na Terra terem sido da religião católica e considerados santos apenas eles podem se comunicar e interceder por nós? De forma alguma, caso contrário, seriam todos burocratas do mundo espiritual. Espíritos de toda e qualquer natureza, tendo sido bons ou maus quando vivos podem entrar em contato conosco. Espíritos da natureza, mentores espirituais, guias, orixás, caboclos, oxossis... Deus age através dos espíritos, que são as vozes do céu e seus emissários, e de suas leis sábias e harmoniosas que regem todo o Universo.
Equivocam-se também os religiosos que afirmam que o Espiritismo é condenável por Deus e pela Bíblia. Ora, a Bíblia foi escrita há milhares de anos e o Espiritismo surgiu apenas no século XIX e é o Consolador prometido por Jesus e enviado por Deus, conforme vemos no Evangelho de São João, cap. XIV, vv. 15, 16, 17 e 26.
Temos que levar em consideração o fato de a Bíblia ser um livro antiquíssimo e, com isso, muitas coisas terem sido modificadas por meio das traduções de geração após geração, daí, muitas coisas presentes na bíblia contradizerem com outras coisas também presentes.
Gostaria de esclarecer que a proibição de Moisés não é mais justificável nos dias de hoje. Naquela época, a prática da comunicação com os espíritos era bastante abusiva e que tinha por fins a adivinhação, a magia, o sortilégio, entre outros, o que é condenável por Deus e pela Doutrina Espírita. As comunicações feitas por nós espíritas tem fim exclusivamente moral, consolador e religioso.
Infelizmente, a ignorância, em torno do espiritismo, ainda é muito grande por parte daqueles que não a conhecem em sua essência. Mas, daqui a um certo tempo, “haverá um só rebanho e um só pastor”. Sendo assim, Jesus anuncia claramente que os homens um dia se unirão por uma crença única. Que Jesus esteja conosco.
Daniel Pires.
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