sábado, 14 de setembro de 2013

HÁ DOIS MIL ANOS: UM ROMANCE HISTÓRICO

Por Daniel Pires

Considerado um dos melhores romances espíritas do século XX, “Há dois mil anos” nos traz a história do senador romano Publio Lentulus Cornelius, que viveu no tempo de Jesus.
Narrado pelo espírito Emmanuel, onde conta a história dele próprio enquanto nas trajes do senador romano, a história, no seu decorrer, assume proporções as quais muitos custariam a acreditar.
Contada a partir do ano 31 d.C., a história, inicialmente, começa com dois homens conversando a sós em uma noite tempestuosa em um palácio na sede do império romano, Roma. Esses homens são o próprio Publio e seu fiel e verdadeiro amigo, o também senador Flamínio Severus.
Conversavam eles, de início, sobre o estado da sáude da filha do senador Publio, Flávia, que havia contraído lepra. Alguns instantes, a conversa assume outros rumos. Dentre os quais podemos destacar a conversa que ele tem sobre um sonho que Publio havia tido em uma de suas noites. Sonho esse que ele julgava confuso, onde via a si mesmo, sendo que na personalidade do próprio bisavô, o cônsul Publius Lentulus Sura, responsável por matar seus inimigos políticos, morto em 63 d.C. Perguntava a si próprio e a Flamínio se esse sonho tinha sentido, pois, achava ele que os dias tormentosos de sua vida eram resultado da má índole que havia sido no passado, ou seja, em outra existência.
Como as tradições religiosas romanas não viam a reencarnação como uma lei universal, Flaminio assegurou a Publio que o passado jamais justificaria o presente de ninguém. Publio concordou de modo a não estar realmente certo de que aquilo não passava de uma fantasia.
Passado algum tempo, Publio muda-se de Roma para Jerusalém em razão da saúde de sua filha, pois, acreditava-se que mudando-se para a Judéia, onde o clima estava mais favorável a cura de menina, ela iria curar-se.
Coincidentemente, Publio chegara em Jerusalem na época em que o Messias por lá estava fazendo suas pregações.
Lívia, sua esposa, procura o nazareno para ouvir suas palavras de fé e esperança onde se torna cristã e que, anos mais tarde, morre num circo com outros cristãos devorados pelas feras.
Sua filha, Flávia, cura-se da lepra graças a Jesus. Anos mais tarde, casa-se com Plínio, um dos filhos de Flaminio, e começa a perder a visão, ficando cega.
Publio, por sua vez, opta por não seguir Jesus, perdendo uma imensa oportunidade de se redimir ante suas faltas cometidas no pretérito escabroso. Com isso, passa por duras provações.
Um dos fatos que mais chama atenção no romance é o fato de o senador romano ter tido participação significativa no processo de julgamento de Jesus.
Como muitos sabem, no ano 33, na cidade de Jerusalém, milhares de judeus se movimentam para comemorar a data que se festeja a libertação dos filhos de Israel da escravidão do Egito.
Em razão de esse fato ter acontecido nos bastidores do palácio de Pôncio Pilatos nenhum dos evangelistas (Marcos, Lucas, João e Mateus) registrou.
Atentemos agora para a sequência de acontecimentos momentos antes da morte do Cristo, colocada pelo irmão Waldehir Bezerra de Almeida em uma matéria especial da Revista Internacional de Espiritismo de dezembro de 2009, bem como para a atuação de Publio Lentulus no julgamento de Jesus:

1º) Jesus é preso, à noite, no Getsâmani e levado ao sacerdote Anás, onde é interrogado sobre sua doutrina e seus seguidores; esbofeteado e, em seguida, enviado ao sumo sacerdote Caifás, com as mãos amarradas. (Jô 18:12-24)
2º) Ao clarear do dia, Caifás preside o primeiro julgamento do Nazareno no tribunal judeu, o Sinédrio, e, com ajuda de falsos testemunhos, acusa-o de pretender destruir o Templo de Deus, e o considera réu de morte... E, então, novamente o Nazareno é esbofeteado cuspido. (Mt 26:59-66)
3º) No dia seguinte pela manhã os sacerdotes e escribas conduzem-no a um novo julgamento no Sinédrio, onde lhe perguntam se ele é mesmo o Filho de Deus e, diante da resposta positiva de Jesus, é amarrado e conduzido ao governador Pôncio Pilatos acusado de conspiração contra o Império Romano. (Lc 22:66-71; MT 27:2)
4º) Pilatos, diante das acusações feitas ao Nazareno, entende que o Messias deve ser julgado segundo a lei do seu povo, mas os emissários dizem não ter permissão para enviá-lo à morte. O governador romano interroga o Salvador em particular e lhe pergunta se ele é rei, e Jesus diz que seu reino não é deste mundo. Ouvindo dizer que ele era da Galiléia, Pilatos entende que o réu deverá ser julgado por Herodes Antipas, governador da Galiléia, que está em Jerusalém. (Jô 18:33-38)

1ª ATUAÇÃO DE PUBLIO LENTULUS

Antes dessa decisão, Pilatos, que havia convocado um conselho formado por patrícios para lhe ajudar na análise do caso, consulta o Senador Publio Lentulus e este afirma ter conhecido o Nazareno em Cafarnaum, onde era muito querido e não levado à conta de conspirador; homem justo e muito caridoso. Pilatos informa que o Homem está em suas mãos para ser julgado, mas que não lhe vê culpa; que sua esposa, Cláudia, sonhou que ele, governador de Jerusalém, não deveria, arriscar sua responsabilidade no julgamento desse homem justo... Foi, então, que o esposo de Lívia, considerando a presença de Herodes Antipas, governador da Galiléia em Jerusalém, sugere a Pilatos que o réu seja a ele encaminhado, acreditando que, Antipas julgando um compatrício, o destino do Mestre tomasse outro rumo. Pilatos acata a sugestão e o Galileu é enviado a Herodes, mas este o devolve ao seu destino de origem, na forma como está descrito a seguir:

5º) Herodes, ao ver o Mestre, alegra-se, porque estava ansioso por vê-lo fazer algum prodígio. Faz-lhe muitas perguntas, mas Jesus a nada lhe responde. Diante das acusações dos sacerdotes que ali estavam, Herodes trata o acusado com ironia e desdém: veste-o com uma túnica branca, tal como os príncipes, coloca entre suas mãos amarradas uma cana imunda, à guisa de cetro, e na cabeça uma auréola de espinhos venenosos, imitando uma coroa, e manda-o de volta a Pilatos. (Le 23:8-12)
6º) Entendendo o magistrado a intenção de Antipas e, desorientado, convoca um conselho (o conselho já havia sido convocado, segundo Emmanuel), composto de sacerdotes, patrícios e representantes do povo para aconselhá-lo o que decidir. Enfim, chega à conclusão que o Senhor não merece a morte; Pilatos condena-o aos açoites, para depois soltá-lo, crendo que o povo ficaria satisfeito. (Lc 23:13-16)

2ª ATUAÇÃO DE PUBLIO LENTULUS

Mais uma vez o Senador romano tenta evitar a condenação do Mestre: vai até Ele e pede que apele para a autoridade suprema, e Jesus lhe responde ser necessária sua humilhação para que se cumpram as Escrituras, e que prescinde de toda e qualquer proteção política dos homens, confiando tão-somente na Justiça do seu Pai que está nos Céus!
Pilatos, diante da turba revoltada, consulta o que fazer para evitar-lhe a morte nefanda, e um dos patrícios propõe a pena dos açoites na praça pública. “Mas os açoites?! – diz Publio Lentulus, admirado, antevendo as torturas do horrível suplício.”
Mas, de nada adianta a sua observação. O Mestre é açoitado diante da multidão.

7º) Sendo costume durante a Páscoa o representante de Roma libertar o prisioneiro que quisesse, propõe Pilatos ao povo sedento de sangue: “A quem quereis que eu solte: Barrabás ou Jesus, que se chama Cristo? O povo ensandecido pede que solte o perigoso bandido e condena o Mestre à ignomínia da cruz. (Mt 27:15-23)

3ª ATUAÇÃO DE PUBLIO LENTULUS

Antes do sumário julgamento popular, o Senador aproximou-se do açoitado e fitou seu rosto enérgico e meigo. Recordou-se de quando o viu às margens do Tiberíades, e agora o via ali banhado de sangue... Seus olhos se encontraram e Publio Lentulus afastou-se intimamente compungido. No palácio, dirigiu a Pilatos nestes termos: “Não tendes, porventura, algum prisioneiro com processo consumado, que possa substituir o profeta em tão horrorosas penas? E Barrabás foi lembrando.
Após a consumação do ato injusto, Publio Lentulus, enérgico, se dirigiu ao Governador nesses termos:
“[...] Como homem, estou contra esse povo inconsciente e infeliz e tudo faria por salvar o inocente; mas, como romano, acho que uma província, como esta, não passa de uma unidade econômica do Império, não nos competindo, a nós outros, o direito de interferência nos seus grandes problemas morais e presumindo, desse modo, que a responsabilidade desta morte nefanda deve caber agora, exclusivamente, a esta turba ignorante e desesperada, e aos sacerdotes ambiciosos e egoístas que a dirigem.”
E conclui Emmanuel: “[...] mal imaginava aquele punhado de criaturas que, na cruz grosseira e humilde do Gólgota, ia ascender-me uma gloriosa luz para todos os séculos terrestres.”



Referências:


XAVIER, Francisco Cândido. Há dois mil anos. Pelo espírito Emmanuel. 43ª edição. Rio de Janeiro: FEB, 2004.

Revista Internacional de Espiritismo, ano LXXXIV, dezembro de 2009.



sexta-feira, 13 de setembro de 2013

AFASTAR OS MAUS ESPÍRITOS

Por Orson Peter Carrara
Muita gente tem medo só de pensar nos espíritos. Que dizer então quando se tratarem de maus espíritos? E, levados por uma suposta e antecipada proteção, utilizam-se de inúteis e variados meios que, dizem, protege contra a influência deles. Com esse propósito de se defenderem ou afastarem supostas presenças de maus espíritos que lhes prejudiquem a vida ou os negócios, utilizam-se de processos vulgares que a nada levam.
Essas práticas recebem o nome de oferendas, exorcismos, etc. e são absolutamente inúteis, desgastantes, improdutivas e desnecessárias.
Antes de mais nada, é preciso que se repita que os espíritos são os seres humanos antes e após a existência na Terra. Portanto, também somos espíritos. E, após a morte do corpo, habitaremos o mundo dos espíritos, com nossas virtudes, defeitos e conquistas morais e intelectuais.
Podemos afirmar como princípio geral que os maus espíritos aparecem ou se intrometem onde alguma coisa os atrai. E o que os atrai? É simples. Em primeiro lugar, as imperfeições morais; em segundo lugar a demasiada confiança com que são acolhidas as suas palavras ou sugestões, ainda que intuitivas.
As imperfeições morais são a inveja, a maledicência, a ganância, o egoísmo, o ciúme, a inveja, a intolerância, a irritação, a impaciência e outros males. Portanto para que eles não sejam atraídos, basta substituir aqueles sentimentos pela paz, pela concórdia, pelo entendimento, pela paciência, pela calma, pelo amor ao próximo...
Todos aqueles que cultivarem virtudes e procurarem se corrigir das próprias imperfeições morais estão construindo legítima defesa contra o ataque ou intromissão de espíritos enganadores, inconvenientes ou causadores de perturbações.
E no caso de você participar de intercâmbio mediúnico (que não é exclusivo do Espiritismo), a ponderação e a reserva com que analise e aceite as comunicações é outro instrumento de defesa contra os maus espíritos. Isso significa submeter todas as comunicações e supostas orientações advindas dos espíritos, através dos médiuns, aos critérios da lógica, do bom senso e do bem comum.
Agindo assim, pronto, estão afastados os maus espíritos, que perdem o acesso.
Não há mistérios. Onde o amor brote espontâneo, onde a fraternidade está presente, onde o esforço pelo bem comparece, os maus espíritos perdem acesso e meios de se intrometerem. Onde, porém, a tônica é o desrespeito, a desconfiança, a malícia, aí estão eles, em abundância.
Portanto, tudo depende de cada um mesmo. Ninguém é prejudicado senão porque se permitiu ser prejudicado pela própria conduta. Quem está e se esforça no bem, já, por si mesmo, está se protegendo. Simples!
Portanto, faça de seu lar um lugar protegido: afaste os maus espíritos.
Como? Com o esforço da conduta digna e reta! A começar no ambiente familiar. Isto atrairá os bons espíritos.

terça-feira, 30 de julho de 2013

DIFICULDADE DE ENGRAVIDAR - Richard Simonetti



POR QUE MULHERES QUE ANSEIAM PELA MATERNIDADE EXPERIMENTAM SUCESSIVAS FRUSTRAÇÕES?

Geralmente estamos diante de problemas cármicos, a partir de comprometimentos em existências anteriores. A causa é o aborto induzido. A mulher que se recusa ao compromisso da maternidade, expulsando o filho que estagia em seu corpo, às portas da reencarnação, comete uma auto-agressão. Produz desajustes em seu perispírito, o corpo espiritual, em área correspondente à natureza de seu delito. Em vida futura, mais amadurecida, a ansiar pela maternidade, terá problemas. Grávida, não conseguirá segurar a gestação do filho que anseia, na mesma proporção em que expulsou, outrora, filhos de seu seio. O problema pode estar, também, no reencarnante. Se foi um suicida, traz sérios comprometimentos perispirituais que poderão repercutir no corpo em formação, a promover o aborto. Fracassos sucessivos, tanto da gestante quanto do reencarnante, os ensinarão a valorizar e respeitar a vida.



Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

sábado, 27 de julho de 2013

BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO: A REVELAÇÃO DA MISSÃO COLETIVA DE UM PAÍS




Daniel Pires

A obra “Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho” é considerada pelos espíritas, quase de modo unânime, a mais importante obra de Humberto de Campos (espírito), psicografada por Chico Xavier, para o correto entendimento da história da civilização brasileira em sua marcha através dos tempos, como disse o próprio autor espiritual da obra na apresentação do livro.
A partir da leitura da obra, o leitor, sobretudo o leitor espírita, passa a tomar conhecimento de como se deu essa caminhada através dos séculos da nação brasileira, do ponto de vista espiritual. Quem já o leu, tomou ciência de que Jesus esteve, durante todos esses séculos, acompanhando a evolução da pátria do evangelho.
Nos revela ainda, a obra, que somos privilegiados por estarmos reencarnados neste país. Pois, conforme nos foi revelado pelo irmão Humberto, o Brasil tem a missão evangélica no concerto dos povos.
Ao longo da obra, a partir de dados colhidos do mundo espiritual, o autor vai comentando acerca da escravidão, dos movimentos nativistas, a Independência, a Guerra do Paraguai, o Espiritismo e o Movimento Espírita no Brasil.
Para facilitar o entendimento de quem ainda não leu o livro e que tem pouca noção sobre o assunto, comentarei acerca do cap. XVIII livro “A Gênese”[1] lançado por Allan Kardec[2] no ano 1869...
Conforme Kardec registrou no 18º capítulo do livro, o nosso planeta já estava para dar início ao processo de transição planetária, onde deixaria de ser um mundo de provas e expiações para tornar-se um mundo de regeneração. Transição essa anunciada nas escrituras como o “fim dos tempos” ou o “juízo final”. É importante destacar e transcrever o registro feito pelo codificador:
“São chegados os tempos, dizem-nos de todas as partes, marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar para regeneração da Humanidade.
“O progresso da Humanidade se cumpre, pois, em virtude de uma lei. Ora, como todas as leis da Natureza são obra eterna da sabedoria e da presciência divinas, tudo o que é efeito dessas leis resulta da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Quando, por conseguinte, a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus, como se pode dizer também que, em tal estação, eles chegam para a maturação dos frutos e sua colheita.
“Tal o período em que doravante vão entrar e que marcará uma das fases principais da vida da Humanidade. Essa fase, que neste momento se elabora, é o complemento indispensável do estado precedente, como a idade viril o é da juventude. Ela podia, pois, ser prevista e predita de antemão e é por isso que se diz que são chegados os tempos determinados por Deus.
“Nestes tempos, porém, não se trata de uma mudança parcial, de uma renovação limitada a certa região, ou a um povo, a uma raça. Trata-se de um movimento universal, a operar-se no sentido do progresso moral. Uma nova ordem de coisas tende a estabelecer-se, e os homens, que mais opostos lhe são, para ela trabalham a seu mau grado. A geração futura, desembaraçada das escórias do velho mundo e formada de elementos mais depurados, se achará possuída de ideias e de sentimentos muito diversos dos da geração presente, que se vai a passo de gigante. O velho mundo estará morto e apenas viverá na História, como o estão hoje os tempos da Idade Média, com seus costumes bárbaros e suas crenças supersticiosas.”
Esse processo de transição acentuou-se entre o século XX e o XXI (nosso século atual). Prova disso são as catástrofes naturais e as mais diversas crises em vários pontos do globo que tem ocorrido nos últimos tempos, onde tem se dizimado milhares de vidas. Essas catástrofes tem o objetivo de fazer a humanidade progredir mais depressa, através do expurgo de espíritos refratários à ordem e à evolução moral e espiritual, que já não podem mais ser retardadas.
Como afirmou o espírito Joanna de Angelis[3], não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.
Com isso, muitos espíritos estarão desencarnando em massa como também muitos estarão voltando (reencarnando) para auxiliar os povos da Terra no processo evolutivo. Espíritos esses nobres que virão, e que muitos já estão já vieram e estão vindo, de planos muito elevados da espiritualidade.
E eles reencarnaram exatamente aqui, no Brasil, no coração do mundo, pátria do evangelho. No país que Jesus escolheu como sendo o coração espiritual do mundo, para a irradiação da paz e da fraternidade à humanidade na nova era. Nessa era de um mundo de regeneração a qual já se operam os reajustes.
Segundo uma profecia[4] feita por Chico Xavier, vários povos de outras nações estarão vindo para o Brasil, em razão das catástrofes que iriam causar destruição em massa nessas nações.
Como vocês podem ver, somos, repito, privilegiados. Pois, além de estarmos reencarnados no coração do mundo, o impacto causado pelas catástrofes naturais será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.
Na fase atual, o nosso país passa por uma fase de protestos, de insatisfações. Mas, toda essa fase irá passar e o Brasil, além de tornar-se um país mais justo e democrático, dará início a sua missão que lhe está confiada, a de irradiar a paz e a fraternidade para os povos do mundo.
Para nos auxiliar, repito, estarão reencarnado vários espíritos nobres. Dentre eles Joana de Angelis, Emmanuel (que já está reencarnado), Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Eurípedes Barsanulfo, Ruy Barbosa, Cairbar Schutel, dentre tantos outros.
Jesus, ao falar em “fim dos tempos”, não se referia ao fim do mundo físico. Mas, sim, ao fim do mundo de perversidades, injustiças, desigualdades, guerras, violências... Todo o tipo de ação que não está de acordo com as leis divinas.

Referências:
KARDEC, Allan. A gênese. Trad. De Guillon Ribeiro. 43ª edição. Rio de Janeiro: FEB, 2003.
XAVIER, Francisco Cândido. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Pelo espírito Humberto de Campos. 33ª edição. Rio de Janeiro: FEB, 2010.





[1] Obra da codificação Kardequiana, lançada no ano 1868, que trata dos problemas genésicos e da evolução física da Terra. Abrange as questões da formação e desenvolvimento do globo terreno e as referentes a passagens evangélicas e bíblicas. Explica, à luz da razão, os milagres do Evangelho.

[2] Codificador da Doutrina Espírita.
[3] Mentora espiritual do médium baiano Divaldo Franco. Foi, em sua última reencarnação, a madre Joana Angélica de Jesus.
[4] Em 1986, Chico Xavier revelou a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa Chico Xavier de Pedro Leopoldo (MG) e da Vinha de Luz Editora, uma profecia na qual foi revelada o futuro do planeta Terra como um todo e do Brasil.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

NINGUÉM MORRE ANTES DA HORA?



Carlos Augusto Petersen Parchen

Muitas vezes nos referimos a morte de uma pessoa como "tendo chegado a hora", ou ainda "ninguém morre antes da hora".

Daí a pergunta que muitos fazem: temos pré-determinada a hora de nossa morte? Ninguém morre antes da hora determinada?

Dentro da visão espírita, temos que analisar dois aspectos importantes quando do nascimento (reencarnação) de um ser humano.

O primeiro aspecto é o potencial genético do corpo formado, resultante da fusão de óvulo e espermatozóide, que determinam a formação de um corpo com determinados potenciais e determinadas limitações.

O segundo aspecto é o potencial energético do perispírito, pois este último promove a ligação do espírito com o corpo físico, arrastando para esse corpo energias positivas e/ou negativas, de acordo com as suas características evolutivas específicas. Essas energias provocam alterações nos potenciais genéticos e de funcionamento do corpo físico.

Da interação entre esses dois aspectos no complexo humano (corpo+perispírito+espírito), temos, teoricamente, estabelecido um potencial de vitalidade ou de energia vital que, em tese, determina um potencial máximo de vida para aquele organismo, ou se quiser simplificar, um tempo máximo de vida orgânica.

Colocamos e destacamos "em tese", pois o exercício do livre arbítrio leva ao perispírito possibilidades de alterar suas características energéticas, com energias positivas ou negativas, o que, por sua vez, altera o potencial de energia vital do complexo humano. Essa alteração pode melhorar ou piorar o potencial de energias vitais.

Da mesma forma, o nosso livre arbítrio também nos leva a utilizar o nosso patrimônio físico, com maior ou menor cuidado com suas necessidades específicas, o que pode gerar um "gasto correto" (econômico) ou um "gasto excessivo" de nossa vitalidade orgânica ou energia vital.

Para melhor explicar isso, vamos exemplificar com o tabagismo (vício de fumar). Estudos e pesquisas internacionais, já muito conhecidas (e reconhecidas), provaram que o consumo de um único cigarro "custa" ao organismo físico o desgaste orgânico equivalente a cerca de 12 a 14 minutos de vida. Isso significa que cada 5 cigarros fumados equivalem a "diminuição" de 1 (uma) hora de vida. O que falar então do uso de drogas (tóxicos) e do alcoolismo? Ou ainda da alimentação inadequada, excessiva? Quanto desgaste isso tudo gera ao potencial orgânico?

Fica fácil de entender que a pessoa pode "danificar" seu corpo físico, encurtando seu tempo de vida orgânica em relação ao seu "potencial de vitalidade". Só isso já poria por terra a teoria de que "ninguém morre antes da hora". Quem não cuidar das suas energias no perispírito ( o que está ligado ao equilíbrio espiritual) e do seu corpo físico, diminui seu tempo de vida orgânica, ou seja, "morre antes da hora". Com isso, adquire débito energético, ou seja, necessidade de "resgate" desse "débito" em outra(s) encanação(ões).

Analisando de um ângulo externo ao próprio complexo humano, temos que nos lembrar que todos estamos numa vida de relação, com outros indivíduos e com a natureza. E sofremos as conseqüências disso.

Vamos exemplificar de forma bem direta: uma determinada pessoa resolve ir a uma festa, ingere muita bebida alcoólica, embriaga-se. De forma imprudente, vai voltar para casa dirigindo seu veículo. Em excesso de velocidade, perde o controle do carro, atingindo um ponto de ônibus, onde atropela e mata 3 pessoas, sendo uma criança, um jovem e um adulto.

Essas três pessoas atropeladas estavam na "sua hora de morrer"? Suas mortes estavam "programadas"? Estava escrito? Estava "previsto" na reencarnação de cada um?

É evidente que não, pois em caso contrário não existiria o livre arbítrio, e tudo no mundo seria determinístico, nos tornando meros "robôs" na passagem terrena.

Aquele motorista embriagado ceifou a vida de pessoas que tinham diferentes potenciais de vida, de alguns anos (o adulto) a várias décadas (criança e jovem), e que ainda poderiam viver muito com seu corpo orgânico. As três pessoas "morreram antes da hora".

Não existe uma "programação de morte". Existe um potencial de vida, que pode mesmo ser "estendido" pelo equilíbrio espiritual e respeito e cuidado com o corpo físico, ou ainda, encurtado pelo próprio indivíduo ou por terceiros, que responderão por isso nesta e em outras vidas.

Se as mortes estivessem programadas, cada movimento em todo o mundo estaria programado. Se uma pessoa morre atropelada numa rua, na hora do "pico" do movimento, em São Paulo, por exemplo, e isso estivesse "programado", o atropelador já nasceria com essa "missão", e para ajustar a sincronia entre atropelador e atropelado, todo o trânsito de São Paulo deveria estar "programado", para que todos os envolvidos se encontrassem naquele exato instante.

Cremos que com esses argumentos, evidencia-se que não existe "hora de morte programada".

O que os espíritas devem cuidar é para não se tornarem crentes do determinismo, acreditando numa "programação absoluta da reencarnação", pois isso fere uma verdade basilar – a do livre arbítrio - , sob a qual reside grande parte da filosofia e doutrina espírita.

É preciso estudar um pouco mais a Lei de Causa e Efeito, relacionando isso com o estudo do registro energético do perispírito, de modo a entendermos o correto mecanismo do "resgate e expiação.

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Carlos Augusto Parchen
Curitiba, Paraná
junho 2002
Centro Espírita Luz Eterna - CELE

NINGUÉM MORRE ANTES DA HORA? - Parte II


Por Carlos Augusto Parchen

Tenho recebido diversas perguntas, questionamentos e apoios, através do e-mail, sobre o artigo que escrevi "Ninguém morre antes da hora?" (ver o artigo original)

Algumas das pessoas que me escreveram, discordam de nossa posição, e afirmam que existe sim uma hora pré-determinada para a morte de cada um, pois afinal de contas "...nada acontece sem a vontade de Nosso Pai que está nos Céus...".

Uma pessoa, também colocando isso, baseou-se ainda na mensagem psicofônica de um jovem recém-desencarnado, que afirmou: "... assim como temos nossa certidão de nascimento, no dia e hora determinado por Deus, temos nossa hora de partir...".

Essas afirmações são verdadeiras sim, desde que devidamente contextualizadas.

Nada acontece sem que a Vontade Divina o queira, pois o Criador estabeleceu as Leis Universais, perfeitas e justas, e tudo ocorre de acordo com essas Leis.

E as Leis são tão perfeitas que Deus nada mais precisa fazer para que elas se concretizem. Sua vontade já está manifesta na Lei. E uma das Leis Divinas é a que nos dá o Livre Arbítrio.

Quanto a termos "...nossa hora de partir..." , isso é fundamentalmente uma verdade pois, obrigatoriamente, temos que partir do corpo físico (morte ou desencarnação), e isso está estabelecido desde o momento que reencarnamos (nascemos), pois a única certeza de que temos, é que enfrentaremos "a hora da morte". Mas em nenhum momento isso significa que temos uma hora ou "a hora" (dia, local, forma, etc.) para morrer.

No caso do espírito comunicante que fez a afirmação já citada, este narra, em sua mensagem psicográfica, que na encarnação anterior cometeu suicídio, com um tiro na cabeça. É evidente que esse espírito, nessa ocasião, morreu antes da hora, pois se não fosse assim, teria nascido com a "missão" (predestinação) de suicidar-se, o que seria um absurdo completo; o livre-arbítrio teria deixado de existir.

Na encarnação seguinte, morreu de um tumor no cérebro, fruto do registro cármico do suicídio. Mesmo assim, poderia ter morrido mais cedo ou mais tarde, de acordo com a vida "física" e "espiritual" que praticava, ou ainda, ter morrido atropelado naquele ponto de ônibus que usei no exemplo, no artigo em tela, sem ter ligação nenhuma com o problema do tumor cerebral.

Afirma o jovem que a sua morte foi única e exclusiva culpa sua, o que neste caso está corretíssimo, pois optou pelo suicídio numa vida e, em conseqüência, "optou" pela doença na outra encarnação. No entanto, sem sombra de dúvida, além do fato de que desenvolveria a doença cerebral, nada lhe estava predestinado, muito menos o dia, a hora e nem mesmo a forma de sua morte, pois poderia ter morrido de outra causa muito antes da doença atingir o estado terminal.

Temos que refletir sobre o fato, usando a lógica, a razão e o bom-senso que nos recomendou Kardec que, se todas as mortes violentas (e mesmo as "naturais") estiverem programadas, o livre arbítrio não existiria no mundo.

Para exemplificar tomemos um fato real, recente, que foi noticiado nos jornais e na televisão: um rapaz bêbado, dirigindo um veículo, perdeu o controle do mesmo numa curva, subiu na calçada e atropelou 12 estudantes na saída de uma escola, e sete deles morreram.

Você já imaginou que se essas sete crianças que morreram, mais as cinco que ficaram feridas (algumas muito gravemente) "precisassem" passar por isso, que isso lhes estivesse predestinado, numa "programação reencarnatória", que descomunal trabalho de "manipulação" das pessoas e da natureza o plano espiritual teria tido?

Necessitaria, por parte do "Plano Espiritual" um trabalho minucioso para que todas essas crianças, que "deveriam" ser atropeladas, fossem matriculadas na mesma escola, no mesmo turno, e para isso teriam que ter vagas reservadas, teriam que morar todas próximo aquela escola ou terem recursos financeiros para pagar o transporte escolar.

Seria necessário "programar" todos os professores, no dia do atropelamento, para que liberassem todas as crianças das salas de aula ao mesmo tempo, e mais difícil ainda, "tangê-las" (sim, a analogia com o gado é verdadeira) em conjunto, para que todas elas saíssem juntas pelo portão.

Para complicar, os amigos (amigos????) espirituais deveriam organizar as crianças para que todas estivessem reunidas na posição "certinha" e exata para o carro lhes atropelar.

Simultaneamente, outra "equipe espiritual" estaria executando o hercúleo e gigantesco trabalho de separar todas as crianças que "não deveriam" ser atropeladas (mais gado tangido?), impedindo que saíssem pelo portão e/ou fazendo com que não ficassem no lugar em que pudessem ser atropeladas pelo veículo.

Além disso necessitariam cuidar que para o "atropelador" inicialmente ficasse bêbado (vai que ele não queria beber naquele dia !!!), e que saísse com seu veículo no horário exato, que todo o trânsito da cidade fosse controlado (afinal, ele não pode atrasar), de modo a permitir que ele pudesse estar na velocidade certa, calculada com muita precisão, e ainda que entrasse na curva com o ângulo e trajetória certa para atingir só os que "precisam ser atropelados".

Tudo isso necessitaria ter um ajuste temporal de milésimos de segundo, pois um átimo mais tarde, várias crianças teriam se movido do lugar, impossibilitando o "correto atropelamento".

Se tudo isso fosse possível, creio que o(a) leitor(a) concordaria comigo que quem dirigia o carro não era o motorista, mas sim "a vontade divina", e que as crianças foram colocadas propositadamente para morrer, como num "pelotão de fuzilamento". Nesse exemplo, não existiria o livre-arbítrio, e o que é pior, o determinismo seria absoluto. Todos estaríamos sendo "dirigidos" por invisíveis mãos, as do destino pré-determinado.

O amigo Orson lembrou um caso acontecido em Bauru-SP, alguns anos atrás, onde um pequeno avião fez um pouso forçado numa rua do subúrbio, percorreu longa distância pela rua e "atropelou" uma moça que estava sozinha no final da rua, a qual morreu instantaneamente, única vítima do acidente.

Alguém de bom-senso e utilizando a lógica e a razão poderia admitir que esta morte estava "programada", para aquele dia e horário, e que na falta de um carro a "espiritualidade deu um jeito", provocando a pane num avião? Que se cuidou para que ninguém mais estivesse na trajetória percorrida pela aeronave? Que se "organizou" a vida da moça para que estivesse naquele exato lugar, no exato momento que um avião ia fazer o pouso de emergência. Que se fez o avião "pifar" no exato lugar e condições para que aquele pouso de emergência ocorresse? Se assim fosse, existiria livre arbítrio? Para que existiríamos?

E as pessoas que sobrevivem a graves desastres onde várias outras morreram, foram "escolhidas" e "protegidas" para não morrerem? Se admitirmos que isso é verdade, o poder da vida e da morte (portanto, do destino) estaria nas mãos do "plano espiritual", a quem caberia "fazer" os desastres acontecerem, determinar quem deveria morrer e quem deveria sobreviver, baseado numa suposta "programação reencarnatória". Desapareceriam as responsabilidades dos "supostos" causadores ou responsáveis materiais dos problemas, dos acidentes e desastres, das mortes, pois apenas estariam dando cumprimento e seguimento a uma "programação divina", sem possibilidades outras que não cumprir o destino, o que estava escrito, o que estava determinado. Seríamos infelizes marionetes.

Desculpe o(a) leitor(a) pelo tom de ironia nos parênteses e "entre aspas" colocado, mas meu objetivo é enfatizar, e se preciso, até mesmo "chocar". Não sou e nem pretendo ser "dono da verdade", mas procuro seguir os postulados de Kardec, e prefiro errar pelo excesso do que pela omissão. Mas sempre utilizando a lógica e a razão.

Lamento apenas o pensamento fatalista e determinista de alguns espíritas.

Se as mortes violentas estivessem realmente programadas, seríamos todos meros "robôs" do destino. Não haveria "culpas" nem "responsabilidades". Os assassinos nasceriam para matar, portanto não seriam culpados, e pelo contrário, seriam instrumentos da "Justiça Divina".

Se mortes violentas e assassinatos ocorressem pela "Vontade Divina" ("....nada acontece sem a vontade de Deus"...), estaríamos diante de um "deus" cruel e vingativo (o do Antigo Testamento).

Recordemos-nos, no entanto, que em O Livro dos Espíritos e no restante das Obras Básicas da Codificação, o que se vê, princípio peremptório, é que o Livre Arbítrio, atributo básico do espírito, é inviolável.

Portanto, nessa "equação" entre o bem, o mal, a vida e a morte, tudo está relacionado e decorrente da utilização de nosso livre arbítrio, onde temos inclusive a possibilidade de mudar a vida, a duração ou até mesmo a época da morte nossa e de outras pessoas. E por isso assumimos responsabilidades.

Infelizmente, muitos espíritas interpretam mal as Obras Básicas, não as estudam adequadamente, em seu conjunto. Não procuram utilizar o bom senso, o raciocínio, a lógica e a razão, como tão bem nos preconizou o mestre Kardec.

Sigamos o que disse o Mestre Jesus: "Conheceis a Verdade, e a Verdade Vos Libertará". E como, analogicamente, complementou Kardec – "...Espíritas, amai-vos e instruí-vos...".

Com humildade e dedicação, busquemos a Verdade. A que nos é possível agora, mas que nos abrirá adiante a porta da felicidade e da Verdade Maior.


terça-feira, 23 de julho de 2013

MENSAGEM PSICOGRAFADA POR MARLENE NOBRE SOBRE A SITUAÇÃO DO BRASIL

Amigos,
Recebi por e-mail uma mensagem psicografada pela médium Marlene Nobre no dia 19 de junho no Grupo Espírita Caibar Schutel e faço questão de compartilhá-la com vocês A médium esclareceu que José Maria da Silva Paranhos Jr. (Barão do Rio Branco) assumiu a autoria da mensagem, mas que o mentor deixou claro que falava em nome de uma falange.
Fazem parte dela e estavam ali presentes Pedro de Alcântara, Bezerra de Menezes, Rui Barbosa, Tiradentes, Freitas Nobre, Frei Caneca, Cairbar Schutel e inúmeros outros brasileiros ilustres.
Segue a mensagem:

Caros irmãos,
O Brasil vive hoje um momento delicado de sua história.
Brasileiros, na sua maioria irmãos nossos ainda jovens na vestimenta física, exprimem nas ruas suas angústias, incertezas e mesmo revoltas subjacentes, acumuladas ao longo de decênios de insatisfação, ante a falta de respostas concretas com relação ao futuro e ao destino real que almejam para suas existências.
É preciso que as forças vivas da nação aglutinem-se em torno de todas as figuras históricas e heroicas, que serviram com idealismo ao País, a fim de encontrarem soluções justas aos anseios legítimos das pessoas, que se veem, cada vez mais, entregues a si mesmas, sem contar com o respaldo de interlocutores compassivos, que façam do diálogo um instrumento real de crescimento e aprimoramento da sociedade como um todo.
As reivindicações diversas expressam o grau de insatisfação popular com o aumento crescente da coleta de impostos, com os desvios de dinheiro público e com o mau emprego de bens e patrimônios da Nação, responsáveis por frustrações repetidas, principalmente, dos mais jovens, ante a precariedade de investimentos nas áreas essenciais como saúde e educação, entre outras.
As insatisfações são dirigidas principalmente aos que têm a responsabilidade de cuidar das questões político-administrativas do País, pedindo especial atenção aos projetos que verdadeiramente interessam ao bem-estar e ao progresso da coletividade.
Há algum tempo esses interesses vêm sendo administrados, em determinados setores do País, por espíritos que se locupletam indebitamente da rica produção nacional, espoliando o País justamente no momento em que avança para o seu mais amplo desenvolvimento.
Continuam encarcerados no egocentrismo, na visão estreita do personalismo inferior, incapazes de enxergar as necessidades do conjunto, formado pela grande família brasileira, que deveria na verdade ser a usufrutuária dos bens produzidos.
Por isso, meus amigos, enfrentamos, na hora presente, momentos difíceis que exigem oração, vigilância, cautela.
Permita Jesus a união das criaturas nobres, que já despertaram para as verdadeiras responsabilidades sociais e democráticas, dentro de uma visão holística e abrangente, que contemple todos os setores da sociedade em suas necessidades espirituais mais profundas.
Que essas forças vivas, verdadeiras estacas de sustentação do Brasil livre, possam defendê-lo dos movimentos radicais, que buscam nessas horas difíceis lançá-lo nos caminhos da violência, na tentativa de usurpar-lhe o clima pacífico, seu apanágio maior, desde a fundação.
Meus irmãos, o tempo é de vigilância, de cuidado, de oração.
Que todos se unam em torno dessas forças vivas, que estão voltadas para a espiritualidade superior, a fim de que possam neutralizar os arremessos das trevas, promovendo as mudanças necessárias, mas sem violência.
Há pouco mais de 20 anos, seguindo a voz das ruas, os poderes constituídos destituíram um presidente da república; a partir de então, era de se esperar que os responsáveis pelos destinos da nação priorizassem em suas ações a probidade administrativa em todas as áreas, mantendo como objetivo maior a distribuição mais justa e igualitária da riqueza.
Era de se esperar que amadurecessem, procurando servir às camadas mais pobres da população, e, sobretudo, à valorosa Nação, que lhes deu o berço, e que foi dotada pelo Criador de grandes jazidas naturais, do maior reservatório de água do mundo e que permanece emoldurada pela beleza ímpar de sua natureza exuberante.
O mundo cibernético, todavia, abriu imensas possibilidades para que as gargantas se exprimissem em conjunto, em uníssono, e os jovens saíram às ruas. Mas se isso representou um avanço nas formas de expressão das almas, trouxe também imensas preocupações quanto aos rumos do País, porque não se sabe se as forças negativas tomarão a frente, tentando impedir o cumprimento da importante missão que o Brasil tem a desempenhar perante si mesmo e perante as demais nações do mundo.
Por isso, meus amigos, diante do mostruário desta noite, solicitamos silêncio, meditação, prece e, sobretudo, entranhado amor pelo País que vos recebeu de braços abertos depois de inúmeras encarnações de falência para vos reabilitardes perante o Pai.
Que Ele nos abençoe.
--

Psicografia de Marlene Nobre

domingo, 17 de fevereiro de 2013

CODIFICAÇÃO ESPÍRITA: O QUE CADA LIVRO REPRESENTA?



O LIVRO DOS ESPÍRITOS resume toda a Doutrina, enquanto os demais se dedicam a assuntos especializados, oriundos da necessidade de desdobramento de cada uma das partes de O Livro dos Espíritos.

O LIVRO DOS MÉDIUNS tem sua fonte na segunda parte de O Livro dos Espíritos. Trata da parte experimental da doutrina. Trata do gênero de todas as manifestações, da educação da mediunidade e das dificuldades e tropeços que ocorrem na prática do Espiritismo.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO é decorrência da terceira parte de O Livro dos Espíritos. Seu conteúdo sintetiza as explicações das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida.

O CÉU E O INFERNO contém o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal para a vida espiritual, as penas e recompensas futuras, os anjos e os demônios, as penas eternas etc., seguido de numerosos exemplos sobre a situação real da alma, durante e após a morte. Decorre da quarta parte de O Livro dos Espíritos, e coloca ao nosso alcance o mecanismo da Justiça Divina, em consonância com o princípio evangélico: "A cada um segundo as suas obras".

A GÊNESE, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo trata dos problemas genésicos e da evolução física da Terra. Abrange as questões da formação e desenvolvimento do globo terreno e as referentes a passagens evangélicas e bíblicas. Explica, à luz da razão, os milagres do Evangelho.

Além dos cinco livros acima, Kardec escreveu também: O que é o Espiritismo (1859); O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples (1862); Viagem Espírita (1862); Obras Póstumas (1.ª edição — 1890); Revista Espírita, periódico mensal (1.ª edição — 1.º de janeiro de 1858)

Grupo de Estudos Amigos de Chico Xavier