Os pais que
abandonam os filhos nas vidas anteriores, como péssimos zeladores dos seus
próprios descendentes, a Lei do Carma os torna estéreis nas encarnações
futuras, a fim de que se adestrem e desenvolvam o sentimento paterno criando
filh
os adotivos!
Malgrado a necessidade urgente de corpos físicos para dar vazão à simbólica
"fila" dos espíritos angustiados pela sua encarnação, nem por isso a
Lei deixa de agir, sob o conceito de "a cada um será dado segundo as suas
obras"! Indagai às mulheres estéreis, cujos lares não passam de mundos
silenciosos e tristes, sem o riso cristalino e a graça da criança buliçosa,
qual seria a sua preferência. A mulher estéril, que é venturosa por
satisfazer-se sensualmente sem qualquer perigo de gestar, indubitavelmente tratar-se-ia
de criatura com forte tendência à prostituição, talvez mal contemporizada pelo
acidente do casamento. Jamais a mulher "feminina", sob a proteção do
lar e devotada ao esposo, trocaria a ventura de ter filhos pela transitória
condição de liberdade sexual na vida física. Existem mil coisas, na vivência da
mãe e seus filhos, que preenchem qualquer desventura e vicissitudes próprias
dos lares terrenos! Os descendentes são o prolongamento dos pais, cujas
ansiedades, sonhos e ideais compensam todas as agruras da vida. Dificilmente a
mulher estéril considera-se premiada pela possibilidade de exercer o ato sexual
sem fecundidade; mas vive sonhando com a ventura de um filho preencher o vazio
do seu lar, afastando a tristeza, a melancolia, e cessando a frustração do
casal solitário! Há mulheres sobrecarregadas de filhos e que, no entanto,
expressam em sua fisionomia a alegria de espíritos já realizados na vida
física, certas de que todos os seus pecados e débitos comuns pregressos foram
superados pela vida tão prolífica de amparo a tantos outros espíritos que
viviam ansiosos por um corpo físico.
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