domingo, 30 de setembro de 2012

PALAVRAS DE RAMATÍS






Os pais que abandonam os filhos nas vidas anteriores, como péssimos zeladores dos seus próprios descendentes, a Lei do Carma os torna estéreis nas encarnações futuras, a fim de que se adestrem e desenvolvam o sentimento paterno criando filh
os adotivos! Malgrado a necessidade urgente de corpos físicos para dar vazão à simbólica "fila" dos espíritos angustiados pela sua encarnação, nem por isso a Lei deixa de agir, sob o conceito de "a cada um será dado segundo as suas obras"! Indagai às mulheres estéreis, cujos lares não passam de mundos silenciosos e tristes, sem o riso cristalino e a graça da criança buliçosa, qual seria a sua preferência. A mulher estéril, que é venturosa por satisfazer-se sensualmente sem qualquer perigo de gestar, indubitavelmente tratar-se-ia de criatura com forte tendência à prostituição, talvez mal contemporizada pelo acidente do casamento. Jamais a mulher "feminina", sob a proteção do lar e devotada ao esposo, trocaria a ventura de ter filhos pela transitória condição de liberdade sexual na vida física. Existem mil coisas, na vivência da mãe e seus filhos, que preenchem qualquer desventura e vicissitudes próprias dos lares terrenos! Os descendentes são o prolongamento dos pais, cujas ansiedades, sonhos e ideais compensam todas as agruras da vida. Dificilmente a mulher estéril considera-se premiada pela possibilidade de exercer o ato sexual sem fecundidade; mas vive sonhando com a ventura de um filho preencher o vazio do seu lar, afastando a tristeza, a melancolia, e cessando a frustração do casal solitário! Há mulheres sobrecarregadas de filhos e que, no entanto, expressam em sua fisionomia a alegria de espíritos já realizados na vida física, certas de que todos os seus pecados e débitos comuns pregressos foram superados pela vida tão prolífica de amparo a tantos outros espíritos que viviam ansiosos por um corpo físico.

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