segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

ENCONTRANDO A FELICIDADE NO NATAL



  
Amados irmãos,


Segue a mensagem do irmão Pedro Valiati acerca do Natal. Desde já, desejo a todos um feliz Natal! Que Jesus esteja presente no coração de cada um de vocês!



Do ponto de vista dos evangelhos, o Natal marca o nascimento do Cristo. Pelo pouco que aprendi do novo testamento, pude perceber que toda passagem do mesmo tem um sentido, uma mensagem por vezes bem profunda. No Natal não é diferente, entendamos a história do nascimento do Cristo.

Em Lucas 1:26-38 temos o anjo Gabriel, o qual aparece a uma jovem, Maria, ainda no inicio de sua adolescência, dizendo que ela daria a luz a um filho, e que esse seria o filho de Deus e chamaria Jesus. A jovem Maria não titubeou em dizer faça-se em mim a vontade do Senhor. Essa é a primeira lição, o aceite imediato e incondicional da missão, nada fácil, diga-se de passagem, reservada por Deus. No entanto, Maria não apenas a aceitou, mas a cumpriu, eis o seu mérito. Saber aceitar e cumprir à risca a nossa programação espiritual, ainda traçada no plano espiritual, é feito realizado por poucos. Mesmo que tenhamos dificuldades na realização das nossas tarefas, tal como Maria o teve, vide Mateus 12:46-50, é necessário nunca desistir, aprender com as “pedras do caminho”, as quais sempre existirão. Henry Ford dizia que “existem mais desistentes do que fracassados”. A lição dada pelo comprometimento de Maria com a própria missão serve para todos, especialmente aos pais, mães, filhos e também para os trabalhadores da Seara.

Continuando, conta o evangelho em Mateus 2:13, que o rei Herodes, por sua condição materialista, não queria perder o poder temporário, porem, as profecias apontavam que naquela época nasceria o Rei dos Reis. A solução encontrada por Herodes para evitar o nascimento do Cristo todos conhecemos; o fato é que era um rei e seus soldados contra um marceneiro e sua esposa grávida. Quais as chances de José e Maria? Essa é a segunda lição da passagem natalina: A fé na providencia e intercessão divina quando estamos na realização da nossa missão, acreditar que a vontade de Deus está acima da vontade do homem, independente do grau de poder do mesmo. Lembremos dessa passagem quando acharmos que nossa vida não tem sentido e que não teremos chaves diante e uma dificuldade, física, moral, profissional ou familiar. Acreditemos que a vontade de Deus está acima. Façamos a nossa parte e deixemos a Deus o desfecho. Tal como José e Maria.

Bem, após isso, José e Maria seguiram a Estrela de Davi, a qual os guiou. Nós temos uma “Estrela de Davi”, pode ser que esteja na forma de um parente, amigo, porem certamente na forma de um anjo guardião, ou mentor espiritual. Estes tem por missão nos orientar em nossos momentos de dificuldade, e ficam felizes quando obtem sucesso; no entanto é necessário que estejamos dispostos a escutar-lhe as orientações em forma de inspiração ou durante o sono.

Finalmente, José e Maria chegaram a uma caverna, onde dentro encontrava-se uma mangedoura, a qual serviu de berço para o Cristo. Essa, na minha opinião, é a maior lição da passagem evangélica natalina, a qual vem contrastar com o “Natal dos presentes, comes e bebes”, os quais temos presenciados. É natural e necessário que queiramos demonstrar apreço e amor pelos nosso entes queridos, e um presente é certamente a forma de fazê-lo. É importante confraternizar com nossa família e amigos; tais encontros fortalecem laços. Porem o que temos presenciado é o exagero e a banalização do sentimento natalino. Um presente jamais irá transferir suficiente sentimento, ou suprir responsabilidades. A passagem do Cristo na mangedoura nos mostra a diferença do necessário e do supérfluo para o cumprimento da nossa missão. O Cristo mostrou que por mais difícil que fosse a própria missão, Ele não necessitava de um berço. Que por mais importante que Lhe fosse a passagem, Ele não precisou de estalagem para nascer. Que por mais importante que fosse a condição de Mestre e os ensinamentos os quais deveria passar, ele não necessitava de títulos, reverencias ou poder temporal. O que realmente importa ou necessitamos para cumprirmos a nossa missão? Qual o exemplo e os valores que temos dado aos nossos filhos para que os mesmos cumpram a respectiva missão? Nesses temos de Natal reflitamos acerca da mensagem que o Cristo nos passou e tentemos analisá-la relacionando tal mensagem com a nossas vidas. O nosso Chico dizia: “Sabemos que precisamos de certos recursos, mas o Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, mais um avião... Não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nós. Podemos ser chamados hoje à vida espiritual... Tudo que criamos para nós, de que não temos necessidade, se transforma em angustia e depressão...”

Mesmo com todas essas lições ainda temos pessoas que associam o Natal a tristeza e solidão em vez de animo e esperança. Não faltam os que dizem que o Natal é a época mais triste do ano. O que acontece é que só descobrimos nossas tristezas quando somos o “contraste”. Na verdade tais pessoas são solitárias o ano todo, constroem suas vidas em cima do passageiro; uma carreira profissional, um titulo, dinheiro etc. E quando chega uma época onde grande parte da população olha para o próximo, um amigo ou um parente, esses só conseguem olhar para si mesmos, e verem o contraste, o diferente. A felicidade estampada nas luzes das casas, na reunião da família para a preparação da ceia e na celebração da mesma se contrasta com a distancia e o vazio emotivo que construíram para si mesmos. O sentimento natalino é um dos termômetros de como anda a nossa missão na Terra. Se não conseguimos confraterniza com nossa família, ou se a temos como pessoas tão distantes e repulsivas, que a idéia de associar momentos felizes a elas não nos alcança, talvez seja a hora de trabalhar o perdão, a tolerância e de refletirmos do porque de termo nascido naquela família senão para a aproximação e renovação de sentimentos. Se não temos uma família, o convívio com amigos se torna uma alternativa quando estamos abertos aos bons sentimentos; não seremos o contraste mesmo diante dos que não nos repartem o mesmo sangue. No entanto, se nos encontramos em situação de abandono sentimental, onde nem mesmo os “amigos” nos acolhem, nesses casos devemos lembrar que uma antiga frase, da qual confesso que desconheço o autor, e que diz: “ninguém é tão pobre que não possa doar algo de si.” O nosso Chico certa vez atendeu um jovem adulto, o qual lhe dizia ter muito sucesso na vida sem necessitar de subterfúgios ilegais, uma esposa maravilhosa a qual amava e uma filhinha linda e saudável; no entanto confessava não ter ainda encontrado a felicidade. O Chico, sábio e amoroso como sempre, lhe retorna com um sorriso na face, dizendo que o que lhe faltava era sentir a felicidade do próximo.



Pessoas precisando de um auxilio existem aos montes, doentes em hospitais não faltam, crianças em creches esperam ansiosamente por um pequeno brinquedo, um afago, uma companhia numa celebração dessas como esquecimento, mesmo que temporário, de uma realidade provacional difícil à qual foi submetida. Ser parte desse esquecimento ou das boas lembranças desses pequenos nos fará igualmente as fibras da felicidade vibrarem em nosso peito. Idosos abandonados se amontoam nos asilos aguardando a mínima atenção, mesmo que de um desconhecido. No Natal, e até mesmo parafraseando Divaldo Franco, só seremos solitários se não soubermos ser solidários. Pensamos em perda de tempo atendendo aqueles que nada podem nos acrescentar, nos doar. Mas na verdade quando o cristo falou desses irmão carentes se referindo a eles como os pobres e os estopiados, como pessoas que nada poderiam nos oferecer, o Cristo disse aprnas da necessidade desses irmão, porem deixou que nós descobríssemos sozinhos que nestes atendimentos e assistências o maior beneficiado seríamos nós mesmos. O prazer de nos sentirmos úteis, de verdadeiramente beneficiarmos alguém de forma desinteressada, de vermos e sermos o veículo da felicidade e esperança alheia, mesmo que passageira, nos tira o tal contraste. Se achamos o Natal sem graça e sem sentido, é por que nós não buscamos o sentido natalino para as nossas vidas. Um Feliz Natal nos traz a sintonia com o ensinamento Cristão.

Um Feliz Natal a todos! Muita saúde e paz! E que tenhamos um Ano Novo repleto de conquistas e sucessos, especialmente morais!

POR: PEDRO VALIATI



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