Licantropia é o fenômeno pelo qual Espíritos pervertidos no crime atuam sobre antigos comparsas, encarnados ou desencarnados, fazendo-os assumir atitudes idênticas ás de certos animais.
Como ilustração segue um trecho do livro de André Luiz:
“A infortunada senhora, quase que uivando, á semelhança de loba ferida, gritava a debater-se no piso da sala, sob o olhar consternado de Raul que exorava a Bondade Divina em silêncio. Coleando no chão, adquiria animalesco aspecto, não obstante sob a guarda generosa de sentinelas da casa”.
Muitos espíritos pervertidos no crime, abusam dos poderes da inteligência, fazendo pesar tigrina crueldade sobre quantos ainda sintonizam com eles pelos débitos do passado. A semelhantes vampiros devemos muitos quadros dolorosos da patologia mental dos manicômios, em que numerosos pacientes, sob intensiva ação hipnótica, imitam costumes, posições e atitudes de animais diversos.
A simples fascinação – caracterizada por fenômenos alucinatórios, atitudes ridículas ou absurdas e, mesmo, pelo fanatismo religioso – pode agravar-se e progredir de tal maneira que se converta na licantropia de amanhã.
Enquanto a fascinação tem sentido mais psicológico, a licantropia vai mais além. Reveste-se de aspecto mais objetivo, exteriorizando-se na própria organização somática, ou perispíritica, se a vítima for encarnada ou desencarnada.
Anomalias patológicas, modificadoras da configuração anatômica dos pacientes, observadas especialmente em hospitais de indigentes, via de regra expressam a influencia terrível de entidades vingativas junto a antigos desafetos.
O hipnotizador, ou o magnetizador, não pode moldar, à sua vontade, o perispítio da sua vítima, mas ele sabe como movimentar forças naturais e os dispositivos mentais, de forma que o Espírito, manipulado com perícia, acaba por aceitar as sugestões e promover, no seu corpo perispiritual, as deformações e condicionamentos induzidos pelo operador das trevas que funciona como agente da vigança, por conta própria ou alheia.
Nessas condições, a vítima acaba por assumir formas grotescas, perde o uso da palavra, assume as atitudes e as reações típicas dos animais e é segregado, por tempo imprevisível, de todo o convívio com criaturas humanas normais e equilibradas.
Na Bíblia temos Nabucodonosor, um caso histórico de licantropia. Como a história nos conta, ele viveu como um animal durante sete anos, depois reassumiu a forma humana novamente.
FONTE: PENSAMENTOS DE ANDRÉ LUIZ
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