Por Orson Peter Carrara
Muita gente tem medo só de
pensar nos espíritos. Que dizer então quando se tratarem de maus espíritos? E,
levados por uma suposta e antecipada proteção, utilizam-se de inúteis e
variados meios que, dizem, protege contra a influência deles. Com esse
propósito de se defenderem ou afastarem supostas presenças de maus espíritos
que lhes prejudiquem a vida ou os negócios, utilizam-se de processos vulgares
que a nada levam.
Essas práticas recebem o
nome de oferendas, exorcismos, etc. e são absolutamente inúteis, desgastantes,
improdutivas e desnecessárias.
Antes de mais nada, é
preciso que se repita que os espíritos são os seres
humanos antes e após a existência na Terra. Portanto, também somos espíritos.
E, após a morte do corpo, habitaremos o mundo dos espíritos, com nossas
virtudes, defeitos e conquistas morais e intelectuais.
Podemos afirmar como princípio geral
que os maus espíritos aparecem ou se intrometem onde alguma coisa os atrai. E o
que os atrai? É simples. Em primeiro lugar, as imperfeições morais; em segundo
lugar a demasiada confiança com que são acolhidas as suas palavras ou
sugestões, ainda que intuitivas.
As imperfeições morais são
a inveja, a maledicência, a ganância, o egoísmo, o ciúme, a inveja, a
intolerância, a irritação, a impaciência e outros males. Portanto para que eles
não sejam atraídos, basta substituir aqueles sentimentos pela paz, pela
concórdia, pelo entendimento, pela paciência, pela calma, pelo amor ao
próximo...
Todos aqueles que
cultivarem virtudes e procurarem se corrigir das próprias imperfeições morais
estão construindo legítima defesa contra o ataque ou intromissão de espíritos
enganadores, inconvenientes ou causadores de perturbações.
E no caso de você
participar de intercâmbio mediúnico (que não é exclusivo do Espiritismo), a
ponderação e a reserva com que analise e aceite as comunicações é outro
instrumento de defesa contra os maus espíritos. Isso significa submeter todas
as comunicações e supostas orientações advindas dos espíritos, através dos
médiuns, aos critérios da lógica, do bom senso e do bem comum.
Agindo assim, pronto, estão
afastados os maus espíritos, que perdem o acesso.
Não há mistérios. Onde o
amor brote espontâneo, onde a fraternidade está presente, onde o esforço pelo
bem comparece, os maus espíritos perdem acesso e meios de se intrometerem.
Onde, porém, a tônica é o desrespeito, a desconfiança, a malícia, aí estão
eles, em abundância.
Portanto, tudo depende de
cada um mesmo. Ninguém é prejudicado senão porque se permitiu ser prejudicado
pela própria conduta. Quem está e se esforça no bem, já, por si mesmo, está se
protegendo. Simples!
Portanto, faça de seu lar
um lugar protegido: afaste os maus espíritos.
Como? Com o esforço da
conduta digna e reta! A começar no ambiente familiar. Isto atrairá os bons
espíritos.
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