sexta-feira, 5 de outubro de 2012

QUEM FOI ALLAN KARDEC?




Amados irmãos, em razão dos 208 anos do nascimento do codificador da doutrina espírita, Allan Kardec, estou aqui publicando sobre sua vida. A Kardec, meus sinceros agradecimentos por ter codificado tão esclarecedora doutrina...

Daniel Pires.



Nascido em 1804, homem de grande saber e figura eminente à sua época, dedica-se aos 50 anos de idade a estudar os fatos espíritas. Céptico, a princípio, descobre ali as leis que regem o mundo dos espíritos. Por muito
s considerado o pai do espiritismo, não o foi, mas sim, o codificador da doutrina espírita (ou espiritismo). Deixou obra feita e depois do seu desenlace ninguém pode conhecer bem o espiritismo sem conhecer essa figura inesquecível que foi Allan Kardec.


Muitas pessoas confundem Allan Kardec, o codificador do espiritismo, como o pai religioso da doutrina espírita, como se esta fosse uma religião e tivesse um iniciador. Com o Espiritismo, as coisas foram bem diferentes.

Os fatos espíritas espalharam-se por todo o mundo e os ensinos que os espíritos davam por intermédio de numerosos médiuns, sem que os médiuns se conhecessem ou se tivessem contato antes. Nasce assim a doutrina espírita ou doutrina dos espíritos mais propriamente, pois foram estes que a trouxeram aos homens. Daí, o espiritismo não ter paternidade terrena. Ninguém é seu autor, mas sim a falange de espíritos superiores que vieram trazer a Terra o Consolador prometido por Jesus, há dois mil anos.

Mas quem foi Allan Kardec?

Nascido em Lyon, França, a 3 de Outubro de 1804, filho único de uma família antiga que se distinguiu na magistratura e na advocacia, Hippolyte Léon Denizard Rivail, (Allan Kardec) desde cedo se sente inclinado ao estudo das ciências e da filosofia.

“Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suiça), cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor e um dos zelosos propagandistas do seu sistema de educação, que tão grande influência exerceu sobre a reforma do ensino na França e na Alemanha.”(1)

“Nascido sob a religião católica, mas educado num país protestante, os atos de intolerância que por isso teve de suportar, no tocante a essa circunstância, cedo o levaram a conceber a idéia de uma reforma religiosa, na qual trabalhou em silêncio durante longos anos com o intuito de alcançar a unificação das crenças.”(1)

Voltou à França após concluir os seus estudos. Falando o alemão, francês, espanhol, italiano e holandês, traduziu para o alemão várias obras de educação e de moral, bem como as obras de Fénelon.

Foi membro de várias sociedades sábias, tendo sido premiado pela Academia Real de Arras, em 1831 pelo notável trabalho abordando o tema “Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?”. Paralelamente, entre 1835 e 1840 deu cursos gratuitos de Física, Anatomia comparada, Química, Astronomia, entre outros.

Inventou um método de ensinar a contar e um quadro mnemônico da História de França. Escreveu muitos livros didáticos, investigador sério e prudente, pensador, filósofo, pedagogo, precursor da moderna parapsicologia, tinha conhecimento do magnetismo humano, tendo sido médico, segundo um dos autores que fez a sua biografia. (2)

“Antes que o Espiritismo lhe popularizasse o pseudônimo de Allan Kardec, já ele se ilustrara, como se vê, por meio de trabalhos de natureza muito diferente, porém tendo todos, como objetivo, esclarecer as massas e prendê-las melhor às respectivas famílias e países:”

Espiritismo: ciência, filosofia e ética:

Aos 50 anos de idade começou a investigar os fatos espíritas, utilizando os métodos experimental e indutivo. Nascia assim a ciência espírita. É impossível, pois, falar de espiritismo sem se falar de Allan Kardec.

Sendo senhor de grande posição intelectual e de respeito social, adota o pseudônimo de Allan Kardec, nome que teria tido numa reencarnação anterior, para que a doutrina espírita não fosse aceita em função do seu verdadeiro nome e consequente respeito social, mas sim pela pureza e lógica das suas idéias.

Codificou a doutrina espírita, depois de investigar exaustivamente. Assim aparece a sua obra – O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo O Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese -, obra essa proveniente da espiritualidade superior, ditada pelos espíritos através de médiuns, por ele investigada em cerca de 1000 grupos espíritas, e que passou pelo crivo da razão, pela lógica e pelo raciocínio frio e calculista do homem de ciência que foi Allan Kardec, a quem chamaram ” o bom senso encarnado (no corpo de carne)”.

Foi um lutador e um trabalhador até desencarnar (largar o corpo de carne, falecer), não tendo retirado nenhum provento pecuniário para si próprio, antes pelo contrário. Explica-nos que “O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências que dimanam dessas mesmas relações.

Podemos defini-lo assim:

“O Espiritismo é uma ciência que trata da origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”.

Neste dia 31 de março de 1995, contam-se 126 anos da desencarnação de Kardec e a obra que ele codificou aí está, perene, espalhada pelos quatro cantos, a ser alvo do interesse quer dos adeptos espíritas, quer dos cépticos e mesmo dos seus opositores, resistindo sem mácula à tentativa de banalização da sua figura, por parte daqueles que perseguem o espiritismo, mesmo ignorando o que estão a dizer e sem se saber bem porquê.

Mas, que importa essas atitudes de pseudo-sábios? O que é, e não será a presunção deste ou daquele acérrimo perseguidor que alterará a verdade dos fatos. O tempo é sempre o melhor conselheiro e relembrando palavras sábias de Emmanuel, não exijamos que os outros pensem como nós, na certeza de que como a árvore de fruto necessita de tempo para que o homem dela possa se servir, também os opositores de hoje serão os amigos de amanhã, iniludivelmente quando a grande ponte da fraternidade destruir as barreiras do orgulho e da presunção humana, geradores de múltiplos conflitos.

Caso esteja interessado em conhecer os livros fundamentais para a compreensão do espiritismo, poderá encontrá-los em qualquer centro espírita.

Bibliografia:

(1) – Kardec, Allan, “Obras Póstumas”, FEB, 18ª edição, Biografia de Allan Kardec

(2) – Sausse, Henri, “Biografia de Allan Kardec”(citação retirada de separata da revista “Estudos Psíquicos” intitulada “Allan Kardec – sua vida e obra”, de André Dumas).


 

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